Que os cães e gatos respondem a nossas demonstrações de carinho, já é mais que sabido. Agora, quando se trata de animais que não fazem parte do convívio da maioria das pessoas, como cabras, porcos e galinhas, isso já não é mais tão fácil de perceber. Um vídeo que está fazendo sucesso no YouTube mostra um garoto abraçando uma galinha e sendo correspondido por ela – são mais de 370 mil visualizações.
De acordo com o biólogo, Jonathan Balcombe, diretor de sensibilidade animal da ONG Humane Society Institute for Science and Policy, dos Estados Unidos, muitos animais selvagens ou criados fora de nossas casas não servem apenas como alimentação humana.
Segundo o estudioso, cabras gostam de receber carinho, chegando a se inclinar para receber os afagos. Ovelhas abanam o rabo em aprovação quando são acariciadas. E até aves, como as galinhas, curtem banhos de sol, quando aproveitam para afofar as penas. “Observando esses animais perseguindo os seus desejos e necessidades, me lembro de que eles são indivíduos com intenções e preferências. Suas vidas importam para eles. O seu desejo por recompensas faz parte da sua senciência – a capacidade de sofrer ou sentir prazer ou felicidade”, explica Balcombe.

Enquanto muitos acham absurdo associar emoções a animais ditos irracionais, o biólogo americano lembra que nós podemos até não saber ao certo o que um bicho está sentindo, mas conseguimos “observar mudanças no comportamento e fisiologia dos animais, e, assim, saber quando se está interferindo em seus sentimentos”.
Fonte: UAI
Nota da Redação: Quanto à afirmação do texto de que esses animais “não servem apenas como alimentação humana”, reiteramos que há um equívoco: a questão não é se eles servem apenas para isso ou não, mas sim admitir que eles não nasceram para isso. Os animais tem seus próprios propósitos, não nasceram para servir o ser humano, seja na alimentação, vestuário, etc. Sendo assim, essa galinha – e todos os outros animais – devem ser considerados sujeitos de direito e a partir daí, serem respeitados, o que inclui não usá-los ou matá-los para qualquer que seja o fim.