Por Márcio Bueno (da Redação)
Neste domingo, 12 de dezembro, a Vanguarda Abolicionista e seus apoiadores promoveram ação de protesto alusiva ao Dia Internacional dos Direitos Animais, data lembrada em 10 de dezembro. Tendo como base uma barraca instalada junto ao Brique da Redenção – ponto de maior concentração popular aos domingos na Capital gaúcha, mais de vinte ativistas da Vanguarda Abolicionista promoveram um Dia Internacional dos Direitos Animais de protesto, conscientização e confronto de ideias.
Com presença dos grupos ComPaTa, de Passo Fundo, Ramatis Poa e Gatos&Amigos, promovera maciça distribuição da Declaração Universal dos Direitos Animais, do grupo inglês Uncaged, do folder ‘Direitos Animais’, material oficial do jurista Gary Francione no Brasil, e diversos impressos próprios da VAL. O grupo alemão Vida Universal, apoiador da Vanguarda Abolicionista desde 2009, remeteu um lote de livros e revistas para distribuição no DIDA, que foram entregues a quem demostrou interesse maior sobre as questões apontadas.
Uma ativista, usando sutiã e calcinha cor da pele, coberta de sangue falso e usando máscara de porco, foi ‘assada’ durante todo o dia, provocando a curiosidade dos frequentadores do Brique e do Parque Farroupilha.
Atraídos pela cena, recebiam infromações sobre a escravidão animal, especismo, abolicionismo, veganismo e a relação entre animais humanos e não-humanos. Foi muito fotografada e filmada pelos passantes.
Das 10h às 18h, o grupo permaneceu na atividade abaixo de chuva e calor alternados, clima típico de Porto Alegre. Foram coletadas centenas de novas assinaturas contra a importação de girafas para o Zoológico de Sapucaia do Sul, dentro da coalizão Lugar de Animal da qual a Vanguarda Abolicionista faz parte. Banners contra peles, couro, comércio de animais, consumo de produtos de origem animal e zôos foram responsáveis por atrair dezenas de pessoas sempre junto à barraca. Buttons e adesivos foram distribuídos, e vários foram os que se declararam como vegetarianos ou mesmo veganos.
Por duas vezes, pecuaristas contestaram a ação dos ativistas, e em outro momento um trabalhador de abatedouro garantiu que “animais não sentem dor”. Mas a grande maioria se mostrou receptiva à causa, repensando os próprios hábitos e as injuistças patrocinadas contra os não-humanos. “Quero dar meu depoimento: me senti muinto melhor quando parei de fumar e comer carne”, confessou um senhor de 65 anos, ex-policial e instrutor de Krav-Magá. Outro lutador, desta vez de vale-tudo, contou que foi vegetariano por algum tempo e estava interessado em retomar a alimentação, recebendo dicas de um integrante da VAL que treina boxe.
Duas patrulhas da Guarda Municipal e uma viatura da Brigada Militar pararam junto à ação para solicitar documentação e fazer perguntas. O dia foi extenuante para quem participou, sendo que a Vanguarda Abolicionista forneceu pastéis para os participantes, e o restaurante Casa Verde levou comidas orientais para os ativistas recuperarem as forças ao longo do dia. Tudo vegano, por coerência entre discurso e prática.(Fotos: RSantini)
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