Um estudo realizado no Mar de Beaufort, no Oceano Ártico, e no norte do Alasca mostrou como o aquecimento global está afetando fisicamente o urso-polar, um símbolo da região. De acordo com a pesquisa, coordenada pelo Serviço Geológico dos EUA, a diminuição da área coberta pelo gelo faz o animal crescer e se reproduzir menos.
A camada de gelo sofreu um “declínio crônico” entre 1982 e 2006, embora, em alguns anos, ela tenha aumentado. Esta estrutura é essencial para a alimentação do urso-polar. Os pesquisadores conseguiram estabelecer uma ligação entre sua massa corporal e o tamanho de seu esqueleto com a disponibilidade de comida.
No Mar de Beaufort, a dieta principal do urso é constituída de focas, que só podem ser alcançadas com auxílio de uma camada de gelo bem constituída. Se ela for frágil, o urso não come o suficiente, o que afeta, inclusive, sua taxa de natalidade. A exceção é a primavera, estação em que o gelo aumenta: nesta temporada, o número de filhotes com até um ano de idade também costuma crescer.
Fonte: O Globo