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VARIEDADE GENÉTICA

Ursos-pardos se recuperam na Europa, mas três em cada quatro deles descendem do mesmo "pai" e isso preocupa

6 de abril de 2024
1 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Após um esforço europeu de conservação que começou ainda nos anos 90, autoridades francesas anunciaram que a população do urso-pardo segue aumentando pelo continente, especialmente na região montanhosa dos Pirineus, que engloba países como Espanha e Itália, além da França.

O sucesso da empreitada ambiental agora traz novos questionamentos, como a qualidade genética desta população de ursos, e também o desafio de convivência com humanos. Dado ao habitat reduzido, os ursos buscam alimento nas cidades, e também podem encontrar pessoas em parques e bosques, com casos de ataques mortais registrados.

Estima-se que mais de três quartos dos ursos-pardos nascidos nos Pireneus desde 1996 são descendentes de um único macho, Pyros, integrante de um trio trazido da Eslovênia para repovoar a região, relata reportagem da agência alemã DW.

Em 2022 foram registrados pelo menos 76 ursos-pardos na região. Esse número cresceu para 83 em 2023, afirmou a Agência Francesa de Biodiversidade na última terça-feira (2). Fotografias e amostras de pelos e fezes foram usadas para estimar o número de animais.

A organização Brown Bear Network, que une agências de França e Espanha no projeto de monitoramento dos ursos-pardos expressou preocupação com a “crescente endogamia” e apelou ao governo francês para “trazer sangue novo”, destacando a necessidade de uma maior variedade genética da população destes animais, algo essencial à biodiversidade.

Segundo o WWF, os ursos-pardos são uma alta prioridade na conservação. Dada a sua dependência de grandes áreas naturais, estes animais são importantes para uma série de outras espécies selvagens, atuando como predadores que mantêm outras populações de animais sob controle. Além disso, são também dispersores de sementes, ajudando a sustentar o ambiente natural.

Fonte: Um Só Planeta

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