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Um futuro vegano: bom para os animais, para o planeta e para a saúde

10 de novembro de 2017
3 min. de leitura
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um futuro vegano salvaria nosso planeta
Como esse novo mundo foi construído? (Foto: AFP/Getty)

É 2057. Quarenta anos no futuro. Que cara tem o mundo?

Vamos começar com uma das maiores conquistas da história da humanidade: suprimir as mudanças climáticas. Conseguimos parar essa trajetória para a destruição através de ações individuais apenas, e emissões de gases da indústria alimentícia diminuíram em torno de 70%.

Nossos oceanos mais uma vez estão cheios de vida, nossos rios repovoados e limpos. Árvores estão de volta em montes e animais selvagens em seus habitats. Estamos muito mais felizes por termos nos reconectado com a natureza.

Como está a nossa saúde? Estamos ótimos – vivendo mais, e vidas mais ativas. Doenças do coração, por exemplo, caíram 40% nos Estados Unidos, e temos avançado muito na luta contra vários tipos de câncer.

Diabetes do tipo 2 e a obesidade, uma vez descrita pela Organização Mundial da Saúde como um dos maiores desafios de saúde pública do século 21, não são mais uma preocupação. Crianças estão brincando do lado de fora de novo, correndo por campos e em nossas ruas, saudáveis e em forma.

O resultado da economia mundial nos custos de saúde, algo entre 700 bilhões a 1 trilhão de dólares por ano, retirou um peso enorme do sistema de saúde pública, que agora é capaz de funcionar efetivamente para todo mundo.

Nós também revolucionamos nosso sistema alimentar. O Reino Unido aproveitou o Brexit para se tornar um líder mundial na criação de um sistema sustentável que forneceu empregos, alimentou famílias e doou comida para bancos de alimentos no passado. Outros países seguiram o exemplo.

Alimentos mais saudáveis e frescos agora contam com subsídios do governo, tornando-os mais acessíveis para todos. Boa saúde não é determinada por classe, raça, gênero, status financeiro ou qualquer outro fator.

Como consequência, cada pessoa do planeta agora tem comida suficiente. Estamos finalmente livres da fome mundial, que já afetou mais de 800 milhões de pessoas, resolvida com a realocação de massa de recursos e fazendas já existentes.

Nós também recuperamos nosso solo, que agora tem de novo nutrientes e minerais cruciais e que haviam sido perdidos pelos métodos intensivos de cultivo. A comida que produzimos hoje é a mais nutritiva de qualquer período pós-industrialização.

Como esse novo mundo foi construído? Por avanços tecnológicos grandiosos? A ciência resolveu todos os nossos problemas? Não. Foi uma mudança tão simples que você nem acreditaria. Nós apenas começamos a substituir a carne por alternativas vegetais. Refeição após refeição, dia após dia, mudamos para uma vida verde.

Ao fazer isso, colocamos fim a um dos maiores crimes de nosso tempo: o abuso e a exploração de animais. Nós não mais sujeitamos bilhões de animais de fazenda a sofrimentos e dores físicos e psicológicos enormes. Nós olhamos para o passado e vemos algo tão abominador quanto passamos a enxergar a escravidão humana em 1900. Nos perguntamos como fomos capazes de fazer isso? Por que não paramos antes?

Enquanto a demanda por carne e laticínios diminuía, a população de animais de fazenda também. Os que ainda estão com nós, agora passam seus dias em santuários, ou são bem-vindos em nossas casas para viverem lado a lado com cães e gatos em harmonia. Nós tratamos todos os animais bem agora, independente de espécie. Construímos nosso próprio Jardim do Éden vegano.

Esse futuro idílico foi escrito por Jimmy Pierson, diretor da ProVeg Internacional no Reino Unido, e publicado no The Independent UK. A organização tenta conscientizar as pessoas a reduzirem o consumo de animais em 50% até 2040. Jimmy pede para que as pessoas comecem a rever seus hábitos de consumo e comecem gradualmente a utilizar mais vegetais.

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