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ESPERANÇA

Ultrassom revela que mico-leão-preto, espécie ameaçada de extinção, está gestando dois bebês

1 de março de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação/Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo

Considerado patrimônio ambiental, o mico-leão-preto é uma espécie exclusiva do estado de São Paulo que está ameaçada de extinção. Porém, um ultrassom feito em uma fêmea assistida pelo Núcleo de Pesquisa e Conservação de Fauna Silvestre do estado de São Paulo revelou que ela aguarda dois filhotes.

A notícia foi motivo de comemoração dupla para o Núcleo, já que nesta quinta-feira (29) também é celebrado o Dia do Mico-Leão-Preto. Um vídeo do momento do ultrassom foi encaminhado à reportagem.

“Cada novo indivíduo conta, é um número a mais para a gente conseguir aumentar a população que vive sob cuidados humanos. Com a reprodução, a gente continua aprendendo e melhorando os protocolos de manejo. Então, cada nascimento bem-sucedido também é uma forma de dizer que a gente está fazendo certo”, ressaltou, em nota, Giannina Piatto Clerici, assessora técnica da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do governo de SP. O núcleo é vinculado à pasta.

Após o nascimento, serão 25 animais da espécie no Centro de Conservação de Fauna Silvestre em Araçoiaba da Serra, interior de São Paulo, local que busca se consolidar nas atividades de conservação de espécies ameaçadas.

Mico-leão-preto

O mico-leão-preto é uma das quatro espécies de micos-leões típica da Mata Atlântica do estado de São Paulo. Atualmente, estima-se que existam de 1.600 a 1.800 micos-leões-pretos vivendo em remanescentes de Mata Atlântica de interior e matas ciliares.

Foram seis décadas sem que os animais fossem avistados até a aparição em 1970 no Parque Estadual do Morro do Diabo, extremo oeste do estado. “É uma espécie que vem sofrendo muito com a perda da Mata Atlântica”, destaca Giannina.

Foto: Divulgação/Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo

Os micos atuam também como dispersores de sementes e acabam contribuindo para a regeneração da floresta onde vivem, conservando a espécie.

Os primatas se alimentam principalmente de frutos e insetos e dormem em buracos de árvores. Eles pesam em média 600 gramas e medem cerca de 30 cm de corpo e 40 cm de cauda.

Os micos machos adultos, as fêmeas e os jovens apresentam a mesma pelagem predominantemente preta, com exceção das coxas e da base da cauda, que apresentam cor vermelho alaranjada. Na região da cabeça, possuem uma juba que cobre as orelhas.

Fonte: G1

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