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Traficantes de animais entram em Portugal com ovos de papagaio na cintura

12 de março de 2010
2 min. de leitura
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Homens e mulheres saem do avião com toda a descontração. Caminham em direção à saída do aeroporto, tendo cuidado com a carga que trazem à cintura. Os ovos de papagaio podem valer muito dinheiro para quem quer ter um exemplar em casa. É desta forma que a maioria das aves entra em Portugal.

“Os traficantes trazem os ovos à cintura, pois desta forma mantêm a temperatura de gestação das aves. Às vezes prendemos os traficantes e as aves nascem, literalmente, nas nossas mãos”, conta João Loureiro, do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).

São muitas as técnicas usadas pelos traficantes de aves em Portugal.


Aves são vítimas do tráfico internacional de animais (Foto: Diário de Notícias)


No Brasil já foi identificada uma nova técnica utilizada no comércio de aves. Os traficantes compram as anilhas de identificação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) dos criadores de aves e as colocam de forma violenta nos animais adultos. Os resultados são dedos e patas partidas.

De cada dez anilhas do Ibama, pelo menos sete acabam nas mãos de traficantes de aves. “Há um circuito de importação considerado legal, que permite a importação paralela de animais oriundos do tráfico. No meio um conjunto de aves é possível esconder alguma mais exótica, que vai passar sem ser notada”, diz o técnico do ICNB.

“Entre 95% e 99% das aves morrem na viagem”, acrescenta.

O instituto também já detectou droga nos animais. Um carregamento de peixes vermelhos vindo da Ásia trazia cocaína diluída na água onde os peixes nadavam.

Fonte: Diário de Notícias

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