Funcionários da empresa que causou o vazamento tóxico na Hungria – considerado o maior desastre ambiental da história do país, deixando oito pessoas mortas e centenas de animais feridos – foram ameaçados de demissão para que não denunciassem o mau estado do reservatório de acumulação de lama tóxica, onde abriu-se uma brecha no último dia 4 de outubro.
Segundo informou nesta quarta-feira o jornal “Népszabadság” em sua edição digital, os testemunhos desses trabalhadores da metalúrgica MAL assinalam que Zoltan Bakonyi, o ex-diretor da empresa, dispunha de informações sobre infiltrações na parede que acabou rompendo.
De acordo com “Népszabadság”, Bakonyi “gastou energias em semear o medo nos que se preocupavam com o estado do dique” do que em conter as fugas de material tóxico.
Bakonyi foi detido na segunda sob a acusação de negligência. A empresa está sob intervenção do Estado.
A ONG WWF/Adena denunciou há dias uma série de fotografias feitas em junho em que é possível ver vazamentos de lama no muro do reservatório.
Fonte: EPA