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Todas as espécies animais, menos uma

17 de fevereiro de 2011
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É só a floresta. Só ela. Há os sons que a floresta emite, como o que nosso pulmão faz enquanto respiramos, só que muito mais ricos e bonitos. Há o vento carregando as folhas secas, formando montinhos no chão. E há os macacos pulando de galho em galho, ou só olhando os outros e depois indo atrás também. Há o sol aparecendo aqui e ali não. Ali sim e lá não. Porque há árvores vivas há gerações, e suas copas são tão belas e frondosas que deixam deslumbradas até as aves que nelas vêm buscar repouso. Há o rio e sua nascente fazendo bolhas de ar que brotam da areia. Há cavernas cheias de mistério e vida. E moradores que fazem questão de sair só quando a lua chega. E outros que só saem duas ou três vezes ao ano. E outros que nem saem. O ar é úmido. A brisa, fresca. Porque a mata é fechada e a chuva tem hora para vir. E vem abundante. E o solo a recebe inteira, alimentando a terra, as plantas, os animais e também seus mananciais cheios de vida. As cores são tantas que o homem precisaria de uma nova paleta, bem mais robusta de matizes, se a quisesse reproduzir. Mas como não há seres humanos por lá, e jamais haverá, nada precisará ser reproduzido. Porque nada deixará de existir. Nada nessa floresta será história, além da história que acabei de contar pra você.

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