(da Redação)
Uma tartaruguinha brasileira ou um par de peixinhos, essas são as opções de chaveiro na China. Os animais ficam dentro de um minúsculo saco plástico de sete centímetros, cheio de água colorida.
O chaveiro-aquário, mais uma aberração do comércio sem ética e ganancioso, é vendido legalmente na China em estações de trem. Entidades de defesa animal estão tentando acabar com essa prática cruel contra o animais.
A argumentação desprovida de moral dos vendedores desses “produtos” é de estarrecer qualquer um. Eles afirmam, como se fosse uma vantagem, que a água é enriquecida para fazer com que os animais consigam sobreviver por alguns dias. Depois disso, os animais morrem e o produto vira chaveiro-caixão.
Mary Paeng, cofundadora do Centro Internacional de Serviços Veterinários, alerta que peixes e tartarugas não viveriam tanto tempo lacrados no plástico. “Eles morreriam sem oxigênio”, explica Paeng, como se isso não fosse um tanto óbvio, informa o site Vírgula.
“Prender um ser vivo dentro de um espaço lacrado e confinado por lucro é imoral, é puro abuso animal”, esbravejou Qin Xiaona ao site chinês Global Times. Diretor da ONG Capital Animal Welfare Association, Qin explica que esse comércio é legal porque “a China tem apenas uma lei para proteção de animais selvagens. Se o animal não é selvagem, está fora do escopo de proteção”.
Enquanto ONGs e militantes tentam fazer com que legisladores salvem esses animais, resta aos “consumidores” parar de comprar o chaveiro vivo, isso faria com que o mercado morresse, diz conscientemente a matéria do Vírgula.