E quando o atropelamento do animal já aconteceu? O que fazer se ele ainda estiver vivo? Desde maio do ano passado, a concessionária ViaRondon faz um trabalho de recolhimento e reabilitação dos animais atropelados em toda a extensão da rodovia SP-300.
O serviço já conseguiu salvar algumas espécies e o caso mais recente ocorreu em junho deste ano, quando uma seriema foi encontrada na lateral da pista, no quilômetro 411. A ave, provavelmente vítima de atropelamento, estava com uma perna quebrada e foi recolhida por uma equipe de inspeção de tráfego.
A seriema, uma fêmea de 2 anos, foi levada ao Zoológico Municipal de Bauru e recebeu o tratamento necessário. Para a recuperação da fratura, foi colocada uma tala e pinos de fixação. A ave ainda está em processo de recuperação. Após completamente curada, será devolvida ao seu habitat natural por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
O diretor do Zoológico, Luiz Pires, afirma que a instituição não pode receber qualquer animal que for atropelado em rodovias. “De acordo com a legislação do Ibama, o zoológico não pode receber animais de particulares. Somos proibidos. Só podemos receber animais oriundos de agentes de fiscalização. Quando há um animal atropelado, o procedimento correto é encaminhá-lo ao Ibama ou à Polícia Ambiental”, esclarece.
Apesar do caso da seriema, Pires explica que são raros os animais que sobrevivem a atropelamentos em rodovias. “É difícil encontrarmos animais com vida. Na nossa região, as rodovias são todas duplicadas e a velocidade média é 100 km/h. Com isso, os atropelamentos são quase sempre fatais”.
Fonte: Jornal da Cidade de Bauru