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Seminário na Assembléia Legislativa debateu o uso de animais em testes

29 de novembro de 2013
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Por Marcio de Almeida Bueno (Vanguarda Abolicionista em colabora a ANDA)

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Na tarde desta quinta-feira, 28 de novembro, o plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul sediou seminário sobre a utilização de animais não-humanos em pesquisas científicas. A mesa de trabalhos foi conduzida pelo deputado Paulo Odone, presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, autor de projeto de lei para rotulagem de produtos de limpeza e cosméticos, com informação sobre testes. Adriana Grecco, ativista que participou do resgate de cachorros beagle do Instituto Royal, em São Roque, aproveitou para fazer um relato sem o filtro da grande mídia. “Sou totalmente contra o uso de animais, para qualquer coisa que seja. Hoje, com a tecnologia que se tem, muita coisa pode ser mudada. O Royal é um sítio, com autorização para funcionar como canil. Nenhuma pesquisa de dez anos contra o câncer ou AIDS era feita lá, apenas toxicidade de defensivos agrícolas, que já se sabe. Mesmo assim, recebia cinco milhões de reais por ano do Governo Federal. E os beagles, depois de usados, eram vendidos para dentistas fazerem testes”, acusou.

Sua colega Adriana Khouri, também participante do resgate no Royal, é formada em Química e atua no ramo cosmético, frisando que não é necessária a experimentação animal para produtos de beleza. Ela entende que agora é o momento de se fortalecer os grupos de proteção com informações sobre os laboratórios. “Pressionar a Anvisa, que é o órgão máximo. Queremos mudança de rotulagem? Por que temos as listas de ingredientes e modo de usar, mas não se foi testado em animais? Porque a população nunca se interessou por isso”, ponderou. O contraponto foi dado pelo biólogo Paulo Tadeu Campos, pesquisador e coordenador da Comissão de Ética no Uso de Animais da Ulbra, de Canoas. “Não podemos generalizar, temos que ir caso a caso. Em alguns casos é possível fazer a substituição. Sempre que é possível fazer a substituição, ela é feita, mas isso nem sempre é possível”, opinou.

O evento teve espaço para perguntas do público, gerando um debate acalorado. A Vanguarda Abolicionista esteve representada por seu diretor Marcio de Almeida Bueno. “Se a Ética é um campo de estudo da Filosofia, por que não há filósofos nas CEUAs? São os próprios biólogos decidindo os limites de sua Biologia, isso é marcação cênica”, questionou o ativista, que ficou sem resposta. Um trecho do seminário pode ser visto no vídeo abaixo:

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