Por Giovanna Chinellato (da Redação)
Com o fim da temporada de caça às baleias, Paul Watson e a tripulação da Sea Shepherd estão indo ao Mediterrâneo para proteger o atum-azul, que está em risco de extinção. E o peixe realmente precisa da ajuda. Na semana passada, uma proposta para proteger a espécie foi declinada pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites).
Noruega, Quênia e Estados Unidos foram os únicos a apoiar o banimento da exportação de atum-azul do Atlântico. O maior oponente? O Japão. Não é grande surpresa, já que a indústria de sushi tem certa tendência a ameaçar o ecossistema marinho, incluindo baleias em extinção. O Japão consome 80% de todo atum-azul do mundo.
A WWF prevê que o atum-azul do Atlântico possa ser totalmente extinto dentro de dois anos. A Comissão Internacional para Conservação dos Atuns do Atlântico recentemente mudou a quota global para 40%, mas os conservacionistas se preocupam que essa mudança não seja suficiente. Até porque a Comissão não é muito reconhecida por seu comprometimento.
É aí que entra a Sea Shepherd. Paul Watson diz que eles irão cortar as redes de qualquer um que esteja pescando. Mas é um jogo novo no Mediterrâneo. Eles não estarão somente contra os pescadores japoneses. “A pesca de atum-azul é controlada pela máfia córsica italiana”, disse Watson, “então estaremos batendo de frente com caras realmente maus quando formos para lá.”
Com informações de Animals Change