Por Giovanna Chinellato (da Redação)
Os navios e a tripulação da Sea Shepherd voltarão aos oceanos do sul em dezembro de 2010 para novamente intervir contra a caça às baleias pelo Japão no Santuário de Baleias dos oceanos do sul.
“O Santuário de Baleias é um santuário internacional para as baleias, um S-A-N-T-U-Á-R-I-O”, disse Paul Watson. “O que as pessoas não entendem é justamente isso, a palavra santuário. Santuário quer dizer sem matança, significa proteção, significa refúgio, significa asilo, e nós vamos proteger as baleias do santuário com todos os recursos que tivermos”.
San.tu.á.rio – substantivo
1.Lugar santo ou sagrado
2.Judaísmo- tabernáculo bíblico ou templo em Jerusalém, lugar mais sagrado de veneração
3.Lugar sagrado especial num templo ou igreja
4.A parte se uma igreja que rodeia o altar, capela-mor
5.Igreja ou outro lugar sagrado onde fugitivos eram formalmente tidos como imunes à prisão
6.Imunidade dada por refúgio em tal lugar
7.Qualquer lugar de refúgio, asilo
8.Área em que pássaros e animais selvagens podem se reproduzir e refugiar em segurança de caçadores
A Sea Shepherd não se interessa por nenhum acordo com o Japão que legalize a matança de baleias no santuário do sul. Você não pode legalizar a matança de baleias nas águas do sul sem violar o Tratado da Antártica, que proíbe atividades comerciais nas águas do continente. A única forma de legalizar a matança comercial de baleias é desmantelar o Santuário de Baleias dos oceanos do sul e negar o Tratado da Antártica.
Os navios da Sea Shepherd voltarão ao Santuário, ao menos que uma cota de zero mortes seja estabelecida.
“A matança de uma baleia que seja é uma violação da lei internacional de conservação”, disse o capitão Paul Watson. “Além de proteger as vidas das baleias individualmente, nós também estamos defendendo a integridade do Santuário”.
A Sea Shepherd rejeita o acordo que está sendo negociado por nações como Nova Zelândia e EUA com o Japão.
“Estou pasmo que essas nações estejam negociando com caçadores”, disse o capitão Paul Watson. “Eles não negociam com traficantes de drogas, então por que baleeiros japoneses merecem uma consideração especial? A resposta, é claro, é que o Japão é uma potência econômica e faz demandas por meio de pressões econômicas”.
A Sea Shepherd está recrutando voluntários dispostos a abordar navios baleeiros nas águas antárticas, voluntários dispostos a arriscar suas vidas e liberdade para defender as baleias. Punir o capitão Pete Bethune por abordar um navio baleeiro que atacou e afundou o navio Ady Gil não vai parar a Sea Shepherd. A Sea Shepherd já tem dúzias de voluntários dispostos a serem presos pelos japoneses, se for necessário, na próxima temporada.
A campanha que terá início em dezembro será a sétima campanha da Sea Shepherd para intervir contra a caça de baleias pela frota japonesa no Santuário de Baleias da Antártica. A próxima campanha da Sea Shepherd será chamada “Operation No Compromise”(Operação Conciliação Não), em reconhecimento à rejeição do acordo nas mesas da Comissão Baleeira Internacional.
“Se eles aprovarem uma conciliação, nós responderemos com confrontos”, disse o capitão Paul Watson. “A Nova Zelândia alega que o acordo diminuirá a cota de baleias caçadas nos oceanos do sul pela metade. Nós já diminuímos a cota pela metade então o acordo não irá conseguir nada novo. Não estamos satisfeitos com metade, queremos 100% de proteção, nada menos. Se o acordo cortar a cota pela metade, nós vamos retornar para diminuir a quota reduzida pela metade, ou mais que a metade. Não iremos sair do santuário do sul até que o último arpão seja retirado”.
A terceira temporada de Whale Wars do Animal Planet vai ao ar em 4 de junho nos Estados Unidos.
Não haverão rendições nem recuos por parte da Sea Shepherd, será sem conciliação até mandarem a frota baleeira japonesa embora do Santuário de Baleias do sul- para sempre!
Com informações da Sea Shepherd News