Por Giovanna Chinellato (da Redação)
Na Inglaterra, cientistas analisaram 50.000 registros de reprodução de sapos na última década, e descobriram que os anfíbios botam ovos cada vez mais cedo, conforme a temperatura aumenta.
Essa sensibilidade com o ambiente local torna os sapos particularmente sensíveis a mudanças climáticas. Até as previsões modestas da Inglaterra, de que no verão as temperaturas aumentarão em 2ºC nos próximos 50 anos, será demais para os sapos suportarem.
Alber Phillimore, do Imperial College de Londres, e um dos autores do estudo, disse que os sapos terão que migrar para o norte, deixando lacunas na população do sul, ou morrerão todos juntos, porque seria impossível aos animais que viajassem em muitos dos cenários ingleses.
“Para populações de sapos se manterem vivas pelas projeções médias de mudanças climáticas entre 2050 e 2070, teriam que se reproduzir 30 dias mais cedo. Sua flexibilidade atual, entretanto, talvez não permita além de 7 dias mais cedo”, ele disse. “É improvável que sapos se desenvolvam com a velocidade necessária”.
Richard Smithers, conselheiro mestre de conservação para a Woodland Trust, disse que a mudança climática poderia ser também um problema para outras espécies, como a borboleta de montanha ou árvores de praia, que não se adaptarão rápido o suficiente à mudança climática.
“Como os sapos, várias outras espécies têm dificuldade em se dispersar”, ele disse.
Com informações de Telegraph