Claire Perry, que foi nomeada para o cargo após as eleições gerais em Julho, disse que os ministros do Reino Unido não “perderam a oportunidade” de expressar seu desapontamento para o presidente dos EUA devido à decisão de retirar-se do Acordo Climático de Paris.
Ela informou que estava falando com “outros jogadores” dos EUA, incluindo o prefeito de Houston, Sylvester Turner, que visitou o Reino Unido recentemente.
Perry sugeriu que o país poderia ter uma vantagem competitiva em relação à economia dos EUA por causa de seu papel de liderança na tentativa de limitar o aquecimento global, já que o mundo caminha rumo a uma economia de baixo carbono.
“O Reino Unido ocupa o terceiro lugar no mundo na luta contra as mudanças climáticas. Acho que precisamos explorar e assumir essa posição de liderança porque podemos mudar o mundo fazendo isso e também criar empregos altamente produtivos”, declarou.
“Olho para isso e vejo que esse é o caminho para onde mundo está indo, então não se trata apenas de empresas britânicas, tratam-se de grandes tendências globais. Aproveitamos essa oportunidade para descarbonizar nossa própria economia e ajudar outros países”, completou.
Turner é co-presidente da Climate Mayors, um grupo de 331 líderes políticos locais que se comprometeram a trabalhar para garantir que os EUA cumpram os objetivos do Acordo de Paris, apesar da oposição da Casa Branca, segundo o Independent.
Discursando em Miami em Junho, o prefeito de Houston disse: “Como a capital energética do mundo, é nossa responsabilidade encontrar maneiras sustentáveis de potencializar o futuro. Ao investir em energia verde, melhorar a eficiência dos edifícios e revitalizar nossos espaços verdes, Houston é a prova de que grandes cidades industriais podem agir quanto ao clima e manter uma economia robusta e crescente”.
Houve uma mudança na retórica dos ministros do Reino Unido. Em Maio, Theresa May foi acusada de manter um “pacto de silêncio” com Trump sobre a retirada dos EUA do Acordo de Paris, já que outros líderes europeus manifestaram sua decepção.
Michael Gove, o Secretário do Meio Ambiente, recentemente atacou os EUA sobre a decisão, dizendo que o país não poderia “simplesmente sair da sala quando o aquecimento estivesse ativo”.