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DESEQUILÍBRIO CLIMÁTICO

Quase 80 animais marinhos mortos são recolhidos em um único dia no litoral de SP

De acordo com o Instituto Biopesca, o encalhe dos animais aconteceu em decorrência da frente fria que atingiu o litoral de São Paulo no último fim de semana

2 de setembro de 2022
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Maior concentração de animais ocorreu no trecho de praia localizado entre os bairros Cibratel, em Itanhaém, e Ruínas, em Peruíbe (SP) (Reprodução/Instituto Biopesca)

Na última terça-feira (30/08), uma equipe do Instituto Biopesca, que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos entre Peruíbe e Praia Grande (SP), recolheu 79 animais marinhos sem vida. De acordo com o instituto, esse foi o dia de agosto que teve o maior número de animais encalhados, sendo a maioria deles pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), totalizando 67 animais.

Ainda segundo o Biopesca, a maior concentração de animais, todos em avançando estado de decomposição, ocorreu no trecho de praia localizado entre os bairros Cibratel, em Itanhaém, e Ruínas, em Peruíbe. Além dos pinguins, foram recolhidas outras espécies de aves marinhas, entre elas, albatrozes e tartarugas marinhas.

O encalhe dos animais aconteceu em decorrência da frente fria que atingiu o litoral de São Paulo no último fim de semana, com ventos soprando de alto-mar em direção à costa, trazendo os animais para a faixa de areia. Já a grande quantidade de pinguins deve-se à migração da espécie durante o período de inverno.

Migração

O Biopesca explica que o inverno marca o início da temporada migratória de várias espécies marinhas, entre elas, os pinguins-de-Magalhães, que viajam para outros locais principalmente em busca de alimento em águas mais quentes. Os pinguins-de-Magalhães vivem nas águas dos oceanos Atlântico e Pacífico Sul, nas costas da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas/Falklands.

Essa é a espécie mais comum na costa do Brasil e é normal avistá-la nas praias. O instituto alerta que, caso seja encontrado pela população, os procedimentos incluem manter distância e não fazer barulho. Essas medidas são importantes não só para o conforto do animal, mas também para não estressá-lo ainda mais, já que se encontra muito debilitado em decorrência da viagem migratória. Outra ação fundamental é acionar os órgãos ambientais o mais rápido possível.

O instituto também explica que o animal não deve ser colocado no gelo ou na água, pois esse procedimento pode debilitá-lo ainda mais e levá-lo a óbito.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas; animais vivos, debilitados ou mortos, no trecho entre Peruíbe e Praia Grande,  entre em contato com o Instituto Biopesca pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

*Com informações de Instituto Biopesca

Fonte: CN

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