Por Helena Terra (da Redação)
Esta semana foi noticiado na ANDA o caso de Esquilo, o gato de dois anos e meio do Físico Maicon Faria que em uma conexão entre Tocantins e Campinas, em pleno aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek em Brasília, fugiu do compartimento de bagagens, rompendo o lacre de seu transporte, provavelmente estressado com o movimento de troca de bagagens na pista do aeroporto. O gato sumiu na segunda-feira (25), por volta das 16h, e até agora não foi encontrado.
O tutor de Esquilo, que assistiu a fuga, está fazendo de tudo para encontrar seu gatinho até oferecendo recompensa, tamanho seu desespero. Maicon está inconsolável e não desistirá de procurar ou companheiro que cuida desde filhote.
Este caso nos remete imediatamente ao recente cãozinho Pinpoo, que foi noticiado originalmente na ANDA, e que também conseguiu sair da caixa de transporte, também assustado com o clima claustrofóbico do embarque e fugir, desta vez no Aeroporto Internacional Salgado filho, em Porto Alegre (RS). No caso do Pinpoo, o final foi feliz. E esperamos que o Esquilo também seja encontrado.
Não importam quantias, estadias, almoços, ou transportes oferecidos aos tutores. Não há valor que pague a perda de um ser amado.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) definitivamente precisa regulamentar o transporte de animais pelas companhias aéreas. Estes dois fatos recentes devem ser encarados com responsabilidade pela ANAC e pela Gol – responsável pelos embarques dos dois animais perdidos – e também por todas as outras companhias aéreas.
Os animais devem receber atenção especial, como quando se transportam crianças sem seus pais ou responsáveis. Animal não é bagagem.
Quantos ainda serão perdidos até que uma política efetiva seja definida para o setor. Quanto sofrimento ainda tutores terão que passar até que a ANAC e as empresas aéreas tomem atitudes para que o risco de perda de animais seja por morte ou desaparecimento seja o mínimo possível.
Os defensores de animais devem se mobilizar como fizeram no caso do cão Pinpoo. Ou a vida de um gato e o sofrimento de seu tutor sensibiliza menos?