A rede Internacional Farm Animal Investment and Return (Fairr), sediada em Londres, divulgou um relatório na última quinta-feira (30) informando que as proteínas alternativas podem responder por 62 a 64% do mercado global de proteínas até 2060, resultando em um cenário de alto crescimento. Entretanto, segundo o portal Vegazeta, o relatório também aponta que em um cenário de baixo crescimento, isso pode significar apenas 16 a 22%. Além de citar que as proteínas alternativas já são reconhecidas como parte do futuro.
Um exemplo disso é que 7 dos 25 maiores fabricantes globais de produtos alimentícios estão investindo nesse mercado. Ou seja, ampliando o portfólio de proteínas alternativas, e por entenderem que há uma significativa mudança global envolvendo hábitos alimentares. Conforme o portal Vegazeta, a Fairr alega que “Isso representa uma diferença bem significativa em relação há três anos, porque até então nenhum desses fabricantes havia percebido o quanto essa mudança é relevante”, frisa o portal.
As proteínas alternativas têm sido, por enquanto, o maior destaque de 2020, com um total de US$3,1 bilhões em investimentos em alimentos à base de vegetais, fermentados e carne cultivada, o que significa um aumento de 300% em relação a 2019. Segundo o portal Vegazeta, a Fairr cita alternativas ao frango como destaque, por receberem US$2 bilhões em investimentos. Vale ressaltar que em 2020 o mercado global de queijos vegetais foi avaliado em US$2,5 bilhões.
Jeremy Coller, fundador da Fairr, havia declarado, em 2020, que o crescente lançamento de proteínas alternativas são uma prova de que as empresas de alimentos estão usando sua infraestrutura e capacidade de inovação para “se beneficiar da maneira como hoje as pessoas compram e consomem” declara o portal Vegazeta.
“Pela primeira vez desde a revolução verde, que criou a agricultura industrial há 60 anos, a tecnologia de alimentos apresenta um caminho viável para atender a demanda global por proteínas de maneira mais sustentável”, afirma Coller. Ainda segundo o portal Vegazeta, a Fairr declara que “a atenção destinada às proteínas alternativas é classificada também como um compromisso de desacelerar o impacto do sistema alimentar nas emissões de carbono, 57% proveniente da produção de alimentos de origem animal.