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Proteção animal: re-conhecer ou conhecer novamente

21 de agosto de 2013
2 min. de leitura
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Foto: Marcio de Almeida Bueno
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Vivânia, tutora Mari De Toni e a cachorra Sol, recolhida das ruas e doada pela ONG

Ser reconhecido é algo que todo ser humano almeja, bem lá no fundo de sua alma, mesmo que exteriormente não se queira admitir. É o sentimento mais universal: ser percebido pelo outro. Só conseguimos saber nossos limites através do encontro com outrem, nosso espelho. Na causa animal temos pouco reconhecimento. O mundo ainda não é nosso espelho. Ao contrário, espelha o descaso, a indiferença e a perseguição aos animais.

No dia 14 de agosto, Vivânia Caser Bueno, minha sogra, recebeu a medalha da 53ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Esse reconhecimento chegou depois dos anos de luta de uma protetora de animais. Enfrentou a mentalidade conservadora da região, onde qualquer coisa que remeta à Natureza, que não seja o seu uso como objeto de extrativismo e exploração, não é levado a sério. Batalhaà frente da ONG APAVE contra o preconceito, contra a ignorância e contra o abandono de animais velhos, doentes, filhotes e fêmeas (os mais frágeis entre os frágeis), e mesmo os fortes, animais criados para lutas, ferozes ou descartados como coisas que não ‘servem’ mais.

Neste longo trajeto, sempre houve quem fizesse voluntariado, quem desse comida, roupas e atenção aos animais, ou seja, quem reconhecesse a importância desse trabalho humanitário e animalista. A dedicação de Vivânia brilha nos olhos dos cachorros, que sabem mais do que todos nós o que é alteridade. Seu trabalho nos serve de referência, pois nos espelhamos em quem ama, dedica seu tempo em coisas que acredita, pois todos temos algo a dedicar ao mundo.

Cada vez que você, protetor de animais, socorrista, abolicionista, se sentir impotente diante de situações provocadas pela indiferença, preconceito e violência contra os animais e pessoas, lembre que o reconhecimento sempre chega por meio do respeito, e que antes disso nosso trabalho segue dando frutos. Em silêncio.

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