A Universidade Federal do Pará (UFPA) tem recebido propostas e sugestões que visam cuidar da saúde dos cachorros da Cidade Universitária José da Silveira Netto, Campus do Guamá, em Belém. No entanto poucas soluções apresentadas, até então, contemplaram igualmente tanto o direito dos animais quanto o das pessoas que circulam próximo a eles.
Frente a essa problemática, foi elaborado, neste ano de 2014, um plano que pretende atender a saúde dos cachorros e a sua convivência com a população universitária. O Projeto Shiba – Rede de Defesa e Proteção Animal vai atuar de acordo com as leis de proteção animal já existentes e promover bem-estar e vida mais digna a todos.
O projeto – A superpopulação de cães torna-se alarmante, ao ponto de que os animais estão sem controle, sem cuidados médicos ou abandonados e sujeitos a maus tratos. Com o Projeto Shiba, o sofrimento desses animais e o risco que eles podem causar à comunidade universitária deverão diminuir e, futuramente, acabar.
As principais iniciativas que vão minimizar os problemas serão a esterilização e os atendimentos clínicos. O objetivo das ações é também evitar a fuga dos animais, em trânsito livre, desordenado e afoito, o que acarreta susto nos condutores de veículos e põe em risco os cães. Segundo a Prefeitura do Campus, existem 128 animais errantes distribuídos pelo Campus do Guamá.
O curso de Medicina Veterinária da UFPA (Campus de Castanhal) vai atuar no projeto dando apoio às atividades que necessitem de auxílio e técnica, como o controle de zoonoses e castração. As ações visam evitar a perpetuação de doenças entre os cães e garantir à população acadêmica o direito de ir e vir, sem danos aos animais e vice-versa.
“Mutirão Inicial de Ajuste” – A equipe de médicos veterinários do curso de Medicina Veterinária da UFPA será convidada para realizar o mutirão no intuito de, inicialmente, esterilizar 80% de fêmeas caninas e felinas, até o índice total geográfico da Cidade Universitária.
Também, segundo o projeto, de acordo com orientação veterinária, deverá ser feito o transporte da população animal para o Campus de Castanhal, onde há toda a estrutura de atendimento necessária à saúde dos animais, além do Hospital Veterinário vinculado à Faculdade. Após os cuidados, os animais serão devolvidos ao Campus de Belém.
Protetor de Animais – A Reitoria da Universidade Federal deverá indicar um servidor com a iniciativa e liderança para exercer a função de coordenador e gerenciar a implantação e o funcionamento do projeto em todo o campus. Cada instituto da UFPA terá um “protetor de animais”, que necessariamente será um atual servidor com carga horária parcial para exercer essa função.
De acordo com o projeto, o “protetor de animais” deve fazer o monitoramento permanente do número de animais em sua área de atuação, para manter a meta de redução do abandono no campus. Além disso, fará o acompanhamento e resgate de animais abandonados em situação de risco, encaminhando-os para tratamento e adoção.
Esse acompanhamento é determinante e evitará a volta do abandono, pois cada ‘protetor’ manterá cadastro preciso dos resgates e adoções realizados na área de seu instituto. As atividades do projeto deverão começar na segunda quinzena de julho, quando os primeiros animais receberão os primeiros cuidados.
Manutenção – Anual e perenemente, após o término do “Mutirão inicial de ajuste”, deverá ocorrer o rigoroso monitoramento com a realização de levantamento estatístico, que indicará a necessidade ou não de incrementar o número das esterilizações convencionais, normalmente encaminhadas pelos “protetores”. Neste caso, deverão ser feitas buscas ativas de fêmeas caninas e felinas não esterilizadas. Necessariamente, o abandono será reduzido ao mínimo, sendo absorvido pela comunidade interna e externa por adoções, sem necessidade de aprisionar os animais.
Colaboração da comunidade – O Projeto Shiba ainda é uma experiência nova. Por isso, a equipe responsável pela elaboração do plano está recebendo sugestões e críticas pelo e-mail [email protected].
Fonte: Portal UFPA