Ele afirmou na cerimônia de abertura da conferência em Savusavu: “De acordo com as indicações atuais, estamos perdendo a batalha. É um fato chocante que nossa geração possa estar entre as últimas a testemunhar a beleza de nossos recifes e se beneficiar com sua generosidade”.
Os recifes de corais cobrem menos de 0,1% do fundo do mar, mas sustentam em torno de 25% dos animais marinhos do mundo.
O aumento das temperaturas aquáticas provocado pelas mudanças climáticas, a acidificação dos oceanos e a pesca são alguns dos responsáveis pela destruição dos recifes em um ritmo alarmante, de acordo com a Dive Magazine.
Entre 2015 e 2017, um evento de branqueamento global afetou todos os 29 recifes listados pela Unesco como locais de patrimônio mundial, com exceção de três. O branqueamento que acabou em 2017 teria matado metade dos corais na Grande Barreira de Corais, na Austrália.
O primeiro Ano dos Recifes foi declarado em 1997, outro ocorreu em 2008 e este ano marca o terceiro. Muitas organizações ambientais receiam que 2018 marca nossa última chance de salvar os recifes de corais.
Erik Solheim, chefe do Programa de Meio Ambiente da ONU, afirmou que é um momento crucial. “Nós vemos globalmente um declínio muito, muito acentuado nos corais. Muitos incidentes de branqueamento, muitos [recifes] morrendo e precisamos mudar. Perder os recifes seria uma vergonha moral para os seres humanos. Seríamos a única geração destruindo alguns dos mais belos e mais importantes ecossistemas que possuímos”, frisou.