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APÓS PROTESTO

Prefeitura de Sorocaba cria comissão para decidir destino do elefante Sandro

22 de março de 2022
Thayanne Magalhães l Redação ANDA
3 min. de leitura
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Protesto foi realizado na manhã deste domingo (20), em frente ao Zoo de Sorocaba (Foto: Volta Black/Arquivo Pessoal)

Depois do protesto contra a transferência do elefante Sandro do Zoo “Quinzinho de Barros” em Sorocaba (SP) para o Santuário de Elefantes do Brasil na Chapada do Guimarães (MT), a prefeitura da cidade informou que montou uma comissão para decidir o destino do animal.

Os organizadores do protesto disseram que a manifestação foi pacífica e reuniu biólogos, veterinários, arquitetos, Associação de Vendedores e Comerciantes Ambulantes do Zoo, universitários e visitantes. Também estiveram presentes vereadores e representantes da Secretaria do Meio Ambiente.

Agora a Prefeitura de Sorocaba deve apresentar outra proposta sobre o destino de Sandro ao Ministério Público.

Os manifestantes pediram a permanência do elefante Sandro no Zoo, que já é considerado idoso. Eles mencionaram a transferência do chimpanzé Black, que morreu dois anos após ser transferido ao Santuário de Primatas.

Na semana passada, a Prefeitura de Sorocaba (SP) havia informado que acatou a recomendação do Ministério Público de transferência do elefante Sandro para o Santuário de Elefantes Brasil.

Nesse domingo (20/03), após a manifestação, a prefeitura que será agendada uma nova audiência com o Ministério Público. A nova proposta envolve a ampliação e melhorias no recinto do elefante Sandro, além de trazer uma companheira para ele no Zoo.

Recomendação do MP

A recomendação do MP foi feita após a morte de Haisa, que foi companheira de Sandro por 20 anos. O elefante está sendo monitorado pela equipe do zoo desde a partida da elefanta, no dia 18 de novembro de 2020. O caso é acompanhado pelo promotor Jorge Alberto de Oliveira Marum.

De acordo com a prefeitura, a decisão da transferência era para buscar o melhor para o bem-estar do animal, em razão da necessidade de convívio com outros indivíduos da sua espécie.

Morte de Haisa

Funcionários do zoológico se reuniram em local onde elefanta foi enterrada em Sorocaba (Foto: Carlos Henrique Dias/G1)

O anúncio da morte da elefanta Haisa foi feito pela Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema) horas depois de uma ONG ter entrado na Justiça para pedir uma apuração da situação do animal, que sofria de artrose. Além da ONG, o Ministério Público abriu um procedimento preparatório.

Segundo a Sema, um guarda civil municipal fazia patrulhamento no local quando presenciou o momento em que Haisa morreu perto do recinto.

Na madrugada seguinte, a elefanta foi retirada do zoo com a ajuda de um guindaste e transportada até o hospital veterinário de uma universidade particular de Sorocaba por um caminhão. Haisa foi enterrada um dia depois de sua morte em uma área do Parque Natural “Chico Mendes”.

Antes da morte de Haisa, vídeos publicados nas redes sociais mostraram a situação do animal, que não conseguia caminhar ou se alimentar e tinha machucados pelo corpo.

Segundo a ação do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal na Vara da Fazenda Pública de Sorocaba, ela parecia apresentar infecção e necrose nas patas, não conseguindo se firmar em pé.

De acordo com o promotor Marum, a averiguação do caso seria preliminar por parte do MP. Conforme a prefeitura, desde o mês de maio aquele ano, a elefanta apresentava dificuldade locomotora.

Uma avaliação clínica mostrou aumento de volume em membros torácicos e enrijecimento articular nos cotovelos do animal. Após exames, foi constatado um quadro de artrose, uma doença degenerativa que não tem cura.

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