Anteontem a internet recebeu mais um texto “sobre vegetarianismo e veganismo” cheio de desinformação e confusões. Foi uma matéria do portal de moda e beleza Pure Trend, intitulada Vegetarianismo e veganismo: conheça a diferença e saiba (sic) como adotar, que na verdade faz com que seu leitorado conheça apenas algumas crenças erradas que carnistas e outros onívoros têm sobre a alimentação vegetariana estrita, o veganismo e a produção de alguns alimentos de origem animal. A reportagem é um exemplo claro de que, quando a pessoa (jornalista) não leu nem ouviu o mínimo necessário sobre o assunto, deveria se abster de falar ou opinar sobre ele.
A lista de erros da matéria é grande. Pode-se ler, por exemplo, que mulheres que voltaram a comer carne são mencionadas como “exemplos de veg(etari)anos”; leite, ovos e mel são citados como alimentos “livres de sofrimento animal”; não é possível obter proteína suficiente de vegetais; não existe B12 fora dos alimentos de origem animal, nem mesmo em suplementos; e é possível ser “meio vegano” e ter Jennifer Lopez – a famigerada e insistente entusiasta e colecionadora de casacos de pele – como exemplo a ser seguido.
Isso sem falar que o veganismo é mencionado quase o tempo todo, mas em momento nenhum os Direitos Animais, sua base ética fundamental, são mencionados. Praticamente nada se fala sobre o que o veganismo pretende opor e combater, numa clara amostra de que o que consta na reportagem é o puro “veganismo que pecuarista gosta”, desprovido de qualquer compromisso com o fim da escravidão animal.
Leia abaixo a minha resposta à matéria (clique neste link) e proteste nos comentários dela. Desinformação e indução ao erro sobre um assunto tão combatido por quem se interessa pela perpetuação da exploração animal não pode ser tolerada.
Fonte: Veganagente