(da Redação)
Pesquisadores na Nova Zelândia levaram porcos vivos a uma mesa cirúrgica e atiraram neles na cabeça com uma pistola, como parte de um estudo sobre “padrões de respingos de sangue”. As informações são do The Guardian.
O Instituto de Pesquisa e Ciência Ambiental, que é do governo, afirmou que os porcos “foram sedados e tratados humanamente”, acrescentando que a sua análise foi importante para entender mortes humanas por tiros e ajudar a desvendar casos criminais.
O estudo, publicado em Julho pelo International Journal of Legal Medicine, envolveu pesquisadores do próprio instituto e também de duas universidades públicas da Nova Zelândia. Ele descreve como cinco porcos foram mortos a tiros de perto com uma arma “Glock” semiautomática para que se registrasse a explosão do sangue, dos ossos e do material cerebral.
A ONG People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) disse que a experiência foi desnecessária porque os porcos são fundamentalmente diferentes dos humanos, e que melhores resultados poderiam ser obtidos com o uso de manequins ou modelos de computador.
“Esses experimentos incrivelmente violentos são inteiramente indefensáveis, dada a sua crueldade e a inaplicabilidade a humanos, quando métodos de pesquisa superiores e que não usam animais são disponíveis”, disse Justin Goodman, diretor da área de investigações laboratoriais do PETA.
O grupo enviou cartas ao instituto, bem como à Universidade de Otago, onde o estudo foi conduzido, e à University of Auckland, que contribuiu com a pesquisa, instando-os a parar com tais experimentos.
Goodman disse que o uso de animais vivos para experiências de ciência forense não são mais tão comuns quanto antes.
Keith Bedford, gerente geral responsável por atividades de ciência forense do instituto, afirmou que usa modelos e simulações sempre que possível, mas que para aquele projeto em particular não se poderia chegar aos resultados necessários de nenhuma outra forma.
“As conclusões obtidas com esse experimento fornecem a habilidade de se prover evidências mais informativas e confiáveis”, disse ele. “Pode ser crítico na defesa da liberdade de alguém”.
Ele declarou que a organização não tem planos de realizar outros experimentos similares usando animais vivos.
Nota da redação: Não importa se a decisão de não realizar mais experimentos desse tipo seja verdadeira, como afirmou o instituto. Importa é que cada um desses porcos tiveram as suas vidas individuais, que para eles tinham valores incalculáveis, ceifadas de modo inaceitável.