(da Redação)
Um policial de Illinois (EUA) foi exonerado por ter atirado em um cão em frente à sua tutora e à sua filha pequena. Embora ele ainda esteja tentando defender a sua ação, o seu chefe, temendo uma ação judicial, determinou a sua expulsão. A família do cão abriu um processo criminal contra ele. As informações são do Life with Dogs.
Nicole Echlin, uma das tutoras do cão que se chamava Apollo e tinha um ano de idade, disse que o animal havia saído de casa na tarde da última sexta-feira. Quando o policial Robert Norris se aproximou, Apollo voltou para a frente de sua casa e ficou no jardim.
“Eu corri e pedi que Apollo entrasse em casa. Então o policial tirou a sua arma”, disse Nicole. “O cão começou a mostrar os dentes, e de repente o homem atirou nele. Eu não esperava que isso fosse acontecer”.
A filha de Nicole, de seis anos de idade, viu Norris atirar em Apollo e caiu no chão, aos gritos. Nicole correu com a criança para dentro de casa. “Provavelmente isso vai ficar em sua mente para sempre”, disse ela.
Apollo estava em seu próprio jardim e, ao ver o policial em uma posição ameaçadora, pensou que deveria proteger a sua família do perigo. Ele não partiu para o ataque, mas ficou de pé o tempo suficiente para que Norris mirasse e atirasse nele diretamente entre os olhos.
“O cão não estava fazendo nada. Ele sequer latiu”, afirmou o vizinho Nicco Torres, que viu todo o incidente de sua janela. “Então eu vi um policial atirar no cão, e este caindo no gramado”.
Apollo foi levado imediatamente para uma clínica veterinária de Chicago, onde foi informado que ele teria 15 % de chance de sobrevivência. Infelizmente, ele morreu na manhã seguinte.
“Eu fiz o que precisava ser feito”, disse Norris. “Eu senti que o cão ía me morder”.
Uma página no Facebook chamada Justice for Apollo foi criada, fornecendo atualizações regulares da situação.
“Estou com o coração partido. Ele era o meu melhor amigo. Ele também era o melhor amigo da minha sobrinha, que está traumatizada”, disse Kristy Scialabba, irmã de Nicole. “Isso nunca deveria ter acontecido e eu só quero justiça”.
Depois de ter seu departamento inundado com telefonemas e e-mails exigindo justiça, o chefe Charles Forsyth decidiu demitir Norris, informando que tinha receio de um processo por parte dos tutores.
“Embora o oficial tenha se justificado sob a lei de uso da força de Illinois, que rege a força letal, eu tomei a decisão de rescindir o contrato do mesmo no Departamento de Polícia da cidade”.
Uma lei foi aprovada em Illinois, promulgada em 01 de janeiro de 2014, acrescentando uma emenda para a formação da polícia sobre como dominar um cão de uma forma não letal. Segundo a reportagem, Norris havia passado por um treinamento nesse sentido.
Apoiadores de Apollo têm realizado protestos no Gabinete do Procurador do Estado, exigindo que Norris seja condenado e punido.
“O Governo e a polícia chegaram ao ponto em que deixaram de servir aos cidadãos e acreditam que todo mundo está aqui para a sua conveniência”, diz Richard Bruce Rosenthal, do Projeto Lexus. “Entre diversas contravenções, as violações dos direitos civis em tantas áreas diferentes tornou-se realmente um problema. Estamos desenvolvendo uma Gestapo americana”.
Ele citou que, de acordo com a lei local, animais de companhia não devem ser executados por fazer o que é natural para eles, que é proteger humanos de pessoas desconhecidas que se aproximam de seu território. “Sempre que isso acontece, as pessoas ficam horrorizadas com o uso irresponsável do poder da polícia, mas são ignoradas. A única maneira de haver uma mudança é quando mais pessoas procurarem lutar por seus direitos até o fim, exigindo justiça”.