Por Natália Prieto (da Redação)
A polícia da Indonésia fez uma descoberta chocante durante investigação de assassinato de uma mulher em uma casa de campo luxuosa: um zoológico particular ilegal.
Oficiais foram chamados a uma casa de Sukaraia, distrito de Bogar, no oeste de Java, depois de um segurança confessar a um colega de trabalho que havia cortado a garganta de uma jovem mulher, após ela se recusar a ter relações com ele, e escondido o corpo no terreno.
Durante a investigação eles encontraram um pequeno zoológico com tigres, vários tipos de macacos e um liger – cruzamento entre leão e tigre, um dos animais mais raros do mundo.
A polícia ainda investigou o proprietário da casa onde a jovem vítima morou.
Após a prisão, Pujiharto confessou o assassinato. O guarda ainda afirmou que seu papel no zoológico era alimentar os animais.
A confissão levou a polícia à propriedade e eles ficaram surpresos ao encontrar animais que a maioria dos oficiais nunca tinha visto antes. Todos confinados em meio à propriedade particular investigada.
Lá encontraram um tigre de Sumatra, um gibão de Java, um macaco langur, um macaco folha escura, três pavões e o liger.
Agora a polícia está atrás do proprietário, que não estava na casa quando as autoridades chegaram. Mas ele, ou ela, será cobrado e irá responder na justiça pela manutenção de um zoológico ilegal.
“Santuários que têm autorização para criar animais silvestres, pois são instituições de conservação”, informou um funcionário do Centro de Conservação de Recursos Naturais de Bogar ao veículo Jakarta Globe.
A principal preocupação era com o tigre de Sumatra, cuja espécie está criticamente ameaçada, pois há aproximadamente 500 indivíduos existentes na natureza.
Veterinários disseram que o tigre de Sumatra estava “saudável o suficiente” e os animais seriam transferidos para outros zoológicos.
“A presença de um novo animal não é originária de causa natural, mas sim da intervenção humana”, disse um oficial. “Não há regulamentação para isso e por este motivo sugerimos que o liger seja exterminado”.
Seus comentários causaram indignação entre os amantes dos animais em toda Indonésia.
“Será que não há um local que possa cuidar desse liger em vez de terminá-lo?” questionou um defensor.
“Não mate o liger, ele é inocente”, disse outro.
Nota da Redação: O confinamento destes animais em um “zoológico particular” é o ponto alto da objetificação que o ser humano aplica aos animais. Estes animais eram mantidos presos para a satisfação de uma pessoa que tinha dinheiro o bastante para comprá-los. A situação do liger é ainda pior, pois será morto por ser o cruzamento de um leão e uma tigresa, um animal considerado “não-natural”, mas que ainda é inocente e não merece o destino que as autoridades indonésias querem lhe dar.