Um pinguim foi encontrado na Praia de Poá, em Penha (SC), na manhã desta segunda-feira. O animal, que provavelmente apenas se perdeu do bando, estava cansado e foi encaminhado para o Laboratório de Reabilitação de Mamíferos e Aves Marinhas do Centro de Ciência Tecnológica da Terra e do Mar (CTTMar), da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), onde deve permanecer até sua completa recuperação.
Na semana passada, outro pinguim foi encontrado em Barra Velha, e resgatado pelos bombeiros. A ave, que também estava debilitada, foi encaminhada ao laboratório do CTTMar e levada, na última sexta-feira, para a sede da Polícia Ambiental, em Florianópolis.
“Quando estão recuperados, os pinguins são encaminhados para a Polícia Ambiental, que reúne um grupo para depois libertá-los, para que juntos eles tenham mais chances de conseguir voltar para as suas colônias, no sul do continente”, explica o coordenador do laboratório da Univali, Gilberto Caetano Manzoni.
Segundo ele, só este ano, cinco pinguins já passaram pelo laboratório de reabilitação, onde receberam tratamento adequado para ganhar peso e, em alguns casos, se recuperar de ferimentos provocados pelo contato com redes de pesca e danos causados pela contaminação por óleo.
“O óleo danifica a função de impermeabilidade das penas fazendo com que a água alcance a pele do animal. Consequentemente as aves sentem frio pela queda da temperatura corporal, que é de, em média 40°C. Isso faz com que ele gaste muita energia. Com isso o animal emagrece, a camada de gordura ficará menos espessa e a musculatura de natação atrofia, incapacitando o nado e até mesmo a flutuação na superfície da água. Nessas condições, o animal acaba condenado a morte”, complementa, reforçando a importância da comunidade comunicar o aparecimento de pinguins na costa ao centro de tratamento.
O telefone do laboratório do CTTMar é: (47) 3345-5980.
Fonte: Portal Vitrine