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MICOS E ARARAS

PF e Ibama fazem ação para repatriar animais silvestres traficados para a África

27 de fevereiro de 2024
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Foto: Ilustração | Freepik

A Polícia Federal e o Ibama concluíram, no sábado (24), uma operação para a repatriação de 17 micos-leões-dourados e de 12 araras-azuis, retirados irregularmente da fauna brasileira e apreendidos no Togo.

Polícias de diferentes países apuram quem seriam os responsáveis pelo tráfico de animais. Um mico-leão, por exemplo, chega à custar US$ 25 mil no exterior. Já os preços das araras, no mercado clandestino internacional, variam entre US$ 60 mil e US$ 100 mil.

Tanto as araras como os micos são animais ameaçados de extinção. A espécie de micos-leões-dourados, por exemplo, existe somente em uma região do estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a PF, os animais foram localizados em 12 de fevereiro, em Lomé, capital do Togo, em um veleiro de bandeira brasileira.

Quatro homens foram presos pelas autoridades locais: um uruguaio, um surinamês, um brasileiro e um togolês.

O g1 apurou que um quinto integrante da embarcação, de origem israelense, conseguiu fugir. O barco teria saído do Suriname, com guias de exportação falsificadas, em direção à África.

A prisão em flagrante destes quatro homens ocorreu por estarem na posse de animais protegidos pela Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), da qual o Togo é signatário.

O representante do Brasil na Cites, o Ibama foi comunicado e encaminhou uma equipe formada por veterinários e especialistas que chegaram ao Togo na segunda-feira, dia 19 de fevereiro.

Três dias depois, na quinta-feira (22), uma aeronave da Polícia Federal partiu do Brasil levando servidores da PF e do Ibama para auxiliar nos trabalhos de recuperação das espécies, antes do retorno ao Brasil.

Os animais ficaram abrigados na Embaixada do Brasil em Lomé até a retirada deles do território togolês.

Três micos morreram na viagem

Ao chegarem ao Togo, os policiais federais e os servidores do Ibama encontraram os micos-leões debilitados, desnutridos, intoxicados e com óleo de motor na pelagem. Já as araras estavam estressadas.

Na volta ao Brasil, os micos receberão microchips para rastreamento.

As araras devem ser encaminhadas para uma estação de quarentena. Já os micos-leões-dourados seguirão para um centro de recuperação de animais. Assim ficarão aguardando até a sua volta à natureza.

Fonte: G1

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