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Petróleo prejudica a capacidade dos peixes de evitar predadores

19 de julho de 2017
2 min. de leitura
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Peixes no oceano
Foto: Jacob Johansen/Univ. of Texas

Uma equipe de biólogos liderada por Jacob Johansen e Andrew Esbaugh, do Instituto de Ciências Marinhas da Universidade do Texas (EUA), revelou que o petróleo prejudica o raciocínio dos peixes de uma maneira que pode ser perigosa para eles e para os recifes de corais que são o seu lar.

A análise de seis espécies diferentes de peixes de recifes mostrou que a exposição regular ao petróleo afetou o comportamento dos animais de maneira a colocá-los em risco.

Durante várias semanas, quando os peixes passam por estágios de desenvolvimento juvenil, eles são especialmente vulneráveis.

Mesmo em populações saudáveis, geralmente menos de 10% dos embriões e larvas atingem a idade adulta. Aqueles que sobrevivem devem aprender comportamentos de proteção, como viajar em grupos, diminuir a movimentação em águas abertas e nadar rapidamente para se afastar do perigo.

Os cientistas descobriram que os peixes juvenis expostos ao petróleo lutavam em todas essas situações.

Foi comprovado também que o petróleo afetou negativamente os comportamentos de crescimento, sobrevivência e suas habilidades de encontrar um habitat adequado, segundo o Phys.

As concentrações de petróleo são encontradas em oceanos em todo o mundo, mas o impacto da exposição em peixes de corais não era muito conhecido.

Pesquisas anteriores que exploraram como o petróleo afeta a fisiologia dos peixes revelaram deformidades cardíacas de desenvolvimento e funções cardíacas associadas, mas este é o primeiro estudo que expõe que a exposição ao óleo prejudica o comportamento de uma forma que aumenta a predação e reduz a capacidade de localizar um habitat apropriado.

A descoberta também pode representar uma má notícia para os recifes, uma vez que muitos deles dependem de peixes para remover algas que podem limitar seu crescimento e desenvolvimento.

Os ecossistemas de recifes de corais são os mais diversos e ameaçados dos oceanos. Porém, o branqueamento dos corais e a pesca ameaçam a vida marinha. O novo estudo indica que a redução de atividades industriais relacionadas à indústria petrolífera nas áreas próximas aos recifes pode ser crítica para preservá-los.

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