EnglishEspañolPortuguês

ESTUDO

Pesquisadores estão estudando vírus que podem combater as mudanças climáticas

Combinando dados de sequenciamento de genoma e análises de inteligência artificial, a equipe envolvida no trabalho já conseguiu identificar 128 microrganismos do tipo

25 de fevereiro de 2024
Renata Turbiani, da Epoca Negócios
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Ilustração | Freepik

Cientistas dos Estados Unidos estão estudando vírus oceânicos com maior probabilidade de combater as alterações climáticas, ou seja, que são capazes de ajudar a reter o dióxido de carbono na água do mar ou impedir a fuga do metano do degelo do solo ártico.

“Os oceanos absorvem carbono e isso nos protege contra as alterações climáticas. O CO2 é absorvido como gás e sua conversão em carbono orgânico é ditada por micróbios”, explicou Matthew Sullivan, professor de Microbiologia e diretor do Centro de Ciência do Microbioma da Universidade Estadual de Ohio, em comunicado. “O que estamos vendo agora é que os vírus têm como alvo as reações mais importantes no metabolismo dessas comunidades microbianas. Isto significa que podemos começar a investigar quais poderiam ser usados para converter carbono no tipo que desejamos.”

Ao combinar dados de sequenciamento de genoma e análises de inteligência artificial, a equipe envolvida no trabalho já conseguiu identificar 128 microrganismos que incluem os genes que procuravam. “Fiquei chocado ao ver que o número era tão alto”, disse Sullivan.

Os pesquisadores estão agora empregando os dados coletados em modelos metabólicos comunitários recentemente desenvolvidos para ajudar a prever como seria o uso de vírus para projetar o microbioma oceânico para uma melhor captura de carbono.

“A modelagem metabólica comunitária está me dizendo os dados dos sonhos: quais vírus têm como alvo as vias metabólicas mais importantes, e isso significa que eles são boas alavancas para serem acionadas”, pontuou o professor.

Seu laboratório está aproveitando as lições oceânicas aprendidas e aplicando-as no uso de vírus para projetar microbiomas em ambientes humanos para ajudar na recuperação de lesões na medula espinhal, melhorar os resultados para bebês nascidos de mães com HIV, combater infecções em queimaduras e muito mais.

“A conversa que estamos tendo é: ‘Quanto disso é transferível? O objetivo geral é projetar microbiomas em direção ao que consideramos útil”, completou o especialista.

Fonte: Um Só Planeta

    Você viu?

    Ir para o topo