Por Rael Moraes / Redação ANDA
O ser humano se considera altamente racional e consciente em relação a comportamentos discriminatórios contra pessoas que nasceram com algum tipo de deficiência, mas como os animais consideram outros indivíduos de sua espécie portadores de alguma singularidade física? Bennym um pequeno periquito (Agapornis Roseicollis) muito especial, nascido com uma condição rara chamada ‘perna espalhada’ se tornou símbolo de superação de obstáculos com a ajuda da família e de amigos.
A condição de Benny deu ao pequeno pássaro a aparência de estar constantemente separando as pernas. Infelizmente, o pai do periquito não considerou essa característica nada especial e se recusou a alimentar o bebê Benny. A condição pode ser causada por defeitos congênitos, embora isso possa ser causado também por fatores ambientais, como o arranjo do ovo, o posicionamento do substrato do ninho, ou por muita pressão de peso feita no ninho pela mãe.
Em aves, é normal e natural os pais rejeitarem a prole que for vista como inferior para a sua espécie devido a algum tipo de anormalidades físicas. Então, sim, humanos não são a única espécie que exibem comportamentos injustos.
Durante as primeiras semanas de sua vida, os pais de Benny se recusaram a cuidar dele, assim, ele não compartilhou o mesmo cuidado nutricional que seus três irmãos mais velhos fisicamente normais tiveram.
A família humana de Benny interveio e o levou para uma visita ao veterinário, onde foi colocado uma tala em torno de seus pequenos pés por dezesseis dias. Após sete dias, a tala foi substituída por uma esponja de maquiagem, e com cinco semanas de idade o pai de Benny finalmente o aceitou na família, oferecendo ao seu filho por via oral um conteúdo nutricional parcialmente digerido.
Apesar do progresso de crescimento de Benny ter sido mais lento do que o de seus irmãos, ele é agora um periquito feliz e saudável, que pode andar, gritar e voar! Veja esta incrível história de sobrevivência e determinação clicando no vídeo acima.