As duas peixes-boi Natália e Clara, que foram reintroduzidas em Porto de Pedras (AL) em abril passado, após passar por um período cativeiro em ambiente natural, foram vistas na manhã de domingo no mar de Casa Caiada, em Olinda. Equipes do CMA/ICMBio e o Instituto Mamíferos Aquáticos da Bahia estão em campo, monitorando os animais e tentando evitar que as pessoas se aproximem tanto.
Como as praias estarão cheias, a atenção é redobrada.”Elas estão visitando diversas comunidades no Recife. Não há como prever para onde irão. Em todo local por onde elas param, as pessoas têm essa tendência de chegar perto, tocar e acabam dando comida para tentar interagir. As pessas acham que estão fazendo o bem, mas se elas tiverem comida e água ficam no local, não se locomovem e não vão aprender a viver sozinhas, que é o objetivo”, aponta Fernanda Appdemo, veterinária do do CMA/ICMBio.
Fernanda preocupa-se também com o risco de acidentes e pessoas mal intencionadas. “Nesta segunda-feira haverá a liberação da pesca da lagosta e haverá mais embarcações no mar. Também há casos registrados no ano passado de crimes contra esses animais. Em Alagoas, um foi morto a tiros e outro em Sergipe foi assassinado a pauladas”, alerta. Quem tiver informações pode acionar pelo telefone (81) 3544-1056.
O biólogo Clemente Coelho, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (URFPE) lembra que o mamífero, bastante dócil, está ameaçado de extinção e é protegido por lei, cabendo punição a quem maltratá-lo. Segundo ele, durante as passagens por comunidades na Região Metropolitana do Recife (RMR), algumas pessoas chegaram a subir nos animais.
Fonte: Diário de Pernambuco