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Peixe-boi reabilitado é devolvido à natureza em Porto de Pedras (AL)

26 de novembro de 2015
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Divulgação
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O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou, nesta terça-feira (24), no rio Tatuamunha, em Porto de Pedras (AL), a soltura de mais um peixe-boi reabilitado. É o 42º devolvido à natureza desde o início do projeto de conservação e manejo do animal e o 31º só em Alagoas.

Chamado de Raimundo, o mamífero aquático mede 2,4 metros de comprimento, pesa cerca de 230 quilos e tem 4,6 anos de idade. Cerca de 30 profissionais, entre tratadores, veterinários e biólogos, orientados pelos gestores do Projeto Peixe-Boi, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), do ICMBio, participaram da operação de manejo e soltura do animal.

Raimundo foi resgatado com poucos dias de vida em 24 de março de 2011, ainda com o cordão umbilical, na praia de Porto do Mangue (RN), pelo Projeto Cetáceos da Costa Branca. À época, tinha apenas 127 cm de comprimento e pensava 38 kg. O animal foi levado ao Centro de Reabilitação de Mamíferos Aquáticos da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), no Ceará, onde passou por um período de estabilização.

Reabilitação no CMA durou 14 meses

Em 6 de abril de 2011, Raimundo foi transferido em avião bimotor, cedido pelo governo do Ceará, para o CMA/ICMBio, na Ilha de Itamaracá (PE), sede do Projeto Peixe-Boi. Lá, passou por um período de reabilitação e lactação que durou 14 meses. Com 200 kg, foi transferido, em maio do ano passado, ao recinto de adaptação instalado pelo Projeto Peixe-Boi no leito do rio Tatuamunha, onde permaneceu até esta terça-feira, quando foi, finalmente, devolvido à natureza.

Antes de ser solto, Raimundo ganhou um equipamento de telemetria que possibilitará o monitoramento do animal por meio de GPS. “Esse foi o 42º animal solto na natureza pelo projeto Peixe-Boi, desde a sua fundação, em 1994. Desses, 31 foram reintroduzidos em Alagoas e 20 nessa estrutura montada aqui no rio Tatuamunha”, informou o analista ambiental do CMA/ICMBio, Iran Normande.

Representantes da Fundação Toyota do Brasil e do Programa Costa Atlântica, da Fundação SOS Mata Atlântica, acompanharam a operação de soltura do peixe-boi. As fundações apoiam ações de preservação da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, maior unidade de conservação marinha do País, gerida pelo ICMBio em Alagoras, onde estão inseridos os peixes-boi, espécie ameaçada de extinção.

Fonte: ICMBio

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