Por Pérola Novais (da Redação)
O partido defensor das causas animais, Partido Animalista (PACMA), solicita a suspensão da matança de animais na cidade de Toledo, na Espanha. O simples fato de ser o animal considerado suspeito de ter “raiva” poderia estar custando a vida de centenas de animais abandonados, e, devido a isso, é que se solicita a suspensão da matança de qualquer animal. As informações são do portal Ecotícias.
Perante o único caso de raiva detectado em 30 anos na Espanha, PACMA apresentou, junto com mais vinte protetoras de animais, um recurso para que sejam evitadas as mortes de animais considerados “suspeitos” de portar o vírus da raiva.
O recurso apresentado pela PACMA responde a Resolução que o Ministério da Agricultura da Junta de Castilla (território que faz parte da Espanha), publicada em 9 de junho do ano passado, à qual chamaram de Alerta 1, a pelo menos 56 municípios da província. Na resolução do Ministério é contemplada a matança de animais sem um diagnóstico prévio da doença, a raiva.
Para os defensores dos animais que fazem parte deste partido, o simples fato de ser o animal considerado suspeito de ter “raiva” poderia custar a vida de centenas de animais abandonados, e, devido a isso é que se pede a suspensão da matança de qualquer animal, assim como a vacinação e a colocação para adoção dos animais que são recolhidos após serem abandonados.
Nas palavras de Laura Duarte, porta voz da formação política do PACMA, “O governo de Castilla – La Mancha deveria demonstrar a mesma preocupação no momento de erradicar o abandono animal.”
Só em 2010 foram recolhidos 6210 cachorros e 1537 gatos em La Mancha Castilla, o que a coloca como a 7° Comunidade da Espanha em número de abandonos animais. Ao menos 21% dos animais abandonados em Castilla – La Mancha foram devido ao fim da temporada de caça (não mais servindo para a finalidade para o qual se destinavam que é a de auxiliar nas caças).
Relatório aprovado por sete profissionais veterinários
Para apoiar os argumentos do recurso, PACMA tem sido apoiado por um relatório assinado por sete veterinários , o que evidencia a incapacidade de realizar um diagnóstico preciso, na ausência de testes de laboratório, que poderia levar à matança irreparável de animais não infectados.
A equipe de veterinários que assinou o relatório propõe impedir a utilização de sistemas de retenção e captura não-letal (dardos anestésicos, gaiola-armadilha, laços, redes), para que, dessa forma, possa permitir apenas o monitoramento posterior desses animais e de análise na confirmação de diagnóstico laboratorial.
Além disso, o Ministério da Saúde afirma no relatório que foi emitido em 12 de junho deste ano sobre o foco da “raiva” na cidade de Toledo, sendo “o risco de transmissão baixíssimo. A probabilidade de que novos casos da doença apareçam é mínima.”