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Paranaenses se unem pela adoção de nova lei de proteção aos animais abandonados

6 de dezembro de 2011
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Assim como este cãozinho, no Centro de Controle de Zoonoses de Curitiba há outros cães que aguardam um lar. A adoção pode ser feita gratuitamente (Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo)

O fim da matança de animais saudáveis nos Cen­­tros de Controle de Zoo­­noses (CCZs) e a proteção ao “cão comunitário” (que não tem tutor, mas possui laços com moradores de uma região) são as principais medidas estabelecidas por leis ambientais sancionadas em São Paulo (em 2008) e no Rio Grande do Sul (2009). Diante de tais conquistas jurídicas, um grupo de pessoas agora se mobiliza para trazer uma legislação semelhante ao Paraná.
Em Maringá, o publicitário Flávio Mantovani promove um abaixo-assinado virtual a favor da causa. No blog “eugostodecachorro”, mais de 200 pessoas já assinalaram seu apoio. Segundo o publicitário, há muitos cães recolhidos pelos CCZs que são saudáveis e mesmo assim são sacrificados, sob a alegação de que não há espaço nem condições de abrigá-los por muito tempo. “Se tivéssemos uma nova lei, os cães recolhidos só poderiam ser mortos se estivessem sofrendo muito”. Mas para evitar uma provável superlotação dos CCZs, ele lembra que seria preciso ampliar os canis públicos e criar campanhas em prol da esterilização e da adoção dos animais.
Sem conhecer a iniciativa de Mantovani, em Curitiba, a dire­­tora da ONG SOS Bicho, Rosana Gnipper, também luta para que o Paraná ofereça mais direitos aos animais abandonados. Ela inclusive repassou suas ideias ao deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB), que se comprometeu a levar, em breve, um projeto de lei à Câmara dos Depu­tados.
Para a diretora do SOS Bicho, é questionável a prática da eutanásia até em animais doentes e considerados violentos. “Será que alguns animais, com algum tratamento, não poderiam mesmo conviver com as pessoas?”, pergunta. “E quando o animal está doente, é certo recolhê-lo e matá-lo? O que alguém de baixa renda pode fazer quando o seu animal adoece, se não existe um serviço veterinário público?” Perguntas difíceis de responder.
Fonte: Gazeta do Povo

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