O setor pecuarista é extremamente nocivo para o meio ambiente e um forte contribuinte para o aumento da temperatura da terra. Segundo o levantamento da Humane Society International (HSI), a pecuária cria e mata mais de 800 bilhões de animais por ano no mundo todo.
Segundo o Instituto Humanitas Unisinos, a Organização das Nações Unidas (ONU) considerou a pecuária como ameaçadora para o clima global. A criação de animais para a alimentação é a principal causa do aumento das emissões dos gases do efeito estufa.
A prática exige recursos naturais como o uso excessivo de água e da terra, e que no Brasil, por ser adepto à pecuária extensiva, a expansão para novas áreas é demandada.
A Amazônia tem servido de ‘quintal’ para essa prática nociva e tem como São Felix do Xingu e Altamira, no Pará, como as que têm o maior rebanho bovino – e ao mesmo tempo, os maiores índices de desmatamento ilegal.
Isso significa que essas regiões desmatadas têm parceria com os madeireiros que contribuem para as atividades agropecuárias, que já somam, atualmente, 350 milhões de hectares, e que desse total, 200 milhões são de pastagens.
Segundo o portal Vegazeta, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (Cop26), o governo brasileiro formalizou um compromisso para o combate do desmatamento e a recuperação de 30 milhões de hectares de pastagens degradadas, entretanto, há um paradoxo de conduta e um descumprimento por parte do governo que, a cada ano, flexibiliza a prática ilegal aliada a setores de atividades agropecuaristas e que atinge recordes de desflorestamento e sofre processo por não combater as mudanças climáticas.
Segundo informações do Portal EcoDebate, em 2018, houve 86,6 milhões de bovinos na Amazônia, naquele mesmo ano, o pasto ocupava 534.317 km2 da paisagem Amazônica, o equivalente a 75,5% da área desmatada.
Em 2019, a taxa do desmatamento aumentou drasticamente, atingindo proporções não registradas em mais de 10 anos.
Desperdício do solo
Segundo o portal Vegazeta, além da pecuária contribuir para a degradação do solo, um estudo da divisão de monitoramento por satélite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMPRAPA) revelou que de 172 milhões de hectares de pastagens avaliadas no Brasil, mais de 60% está em estágio de degradação; isso significa que os pecuaristas ampliaram suas criações animais em terras amazônicas e comprometeram a fertilidade do solo ao derrubarem florestas com finalidade para a pastagem.
No início de novembro deste ano, o Observatório do Clima destacou que a criação bovina contribuiu para 17% de todos os gases de efeito estufa do Brasil – com fermentação entérica, que vem do arroto do gado – e mais de 70% do metano, que é até 30 vezes mais potente que o dióxido de carbono. Os dados são provenientes da pecuária em 2020. Para se ter ideia, cada bovino então liberou o equivalente de 30 a 50 galões por dia.
Além do dano climático com a emissão dos gases poluentes contribuintes para o efeito estufa, a produção pecuarista utiliza um gasto excessivo de água, desmatamento para pastagem e produção de grãos para alimentação animal.
SAinda segundo o portal, os países mais conscientes do impacto ambiental entenderam que não há outro caminho que não rever as práticas industrias, visando a diminuição das atividades agropecuárias. Os Países Baixos estão discutindo a redução de quase um terço da produção pecuária anual em prol do meio ambiente.
Repensar as práticas econômicas da indústria pecuarista é visar o futuro do ecossistema e do planeta!