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Papa Francisco lança apelo para que líderes mundiais parem de utilizar combustíveis fósseis

19 de junho de 2018
2 min. de leitura
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Nos últimos anos, o papa João Francisco expressou muitas palavras de sabedoria sobre ações a serem tomadas para que a atual crise climática do planeta seja resolvida. Em uma conferência recente realizada na Pontifícia Academia de Ciências, o papa fez talvez sua declaração mais urgente sobre a mudança climática e como nossa dependência de combustíveis fósseis está piorando a situação.

O papa tem feito diversos apelos para a redução dos níveis de poluição
Foto: Reprodução

Francisco pontuou que as mudanças climáticas têm o poder de “destruir a humanidade” e enfatizou que os líderes em produção de energia têm a obrigação de auxiliar a população mundial na transição para o consumo de combustíveis limpos.

Ele chamou essa transição de “um dever que devemos a milhões de nossos irmãos e irmãs ao redor do mundo, países mais pobres e gerações ainda por vir”.

A conferência privada contou com a presença de cerca de 50 executivos de petróleo, investidores, especialistas do Vaticano e de inúmeros pesquisadores científicos que provaram que a mudança climática é um resultado direto da atividade humana.

Entre os participantes estavam Darren Woods, CEO da gigante de petróleo e gás ExxonMobil, Claudio Descalzi, chefe do grupo italiano de energia Eni, e Larry Fink, CEO da BlackRock, a maior corporação de gestão de investimentos do mundo.

Em um discurso no final da conferência de dois dias, o papa Francisco condenou o uso contínuo de combustíveis fósseis que destroem o meio ambiente, afirmando: “Nosso desejo de garantir energia para todos não deve levar ao efeito indesejado de uma espiral de mudanças climáticas extremas devido a um aumento das temperaturas globais. ”

Destacando a necessidade urgente de ações que reduzam a poluição, acabem com a pobreza e promovam a justiça social, o papa pediu às principais companhias petrolíferas que ajudem na construção de um futuro sustentável.

Nos últimos anos, o setor de petróleo e gás foi pressionado por investidores e ativistas para desempenhar um papel maior no trabalho de limitação de emissões de gases do efeito estufa aos níveis estabelecidos no acordo climático de Paris. A recente declaração do papa é mais um pedido de mudança.

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