Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Um jovem orangotango mantido em uma caixa de madeira finalmente sentiu o gosto da liberdade quando os grilhões em torno de seu pescoço foram retirados.
Cenas tocantes mostram o momento em que Amy, de sete anos, é levada para iniciar uma nova vida com um grupo de proteção animal, longe da miséria que suportou.
Não se sabe quanto tempo Amy foi mantida acorrentada na caixa apertada. Com apenas um pedaço de pano como cobertor e com pouco espaço para se movimentar, ela enfrentou um verdadeiro inferno.
Quando Amy finalmente caminhou para a liberdade de mãos dadas com os ativistas do Animal Rescue Internacional (IAR), suas costas e pernas estavam curvadas e seus olhos refletiam a agonia de seu trauma.
Conforme divulgado pelo Express, havia também uma pelota de espingarda em sua axila, uma pista de que ela foi ferida quando sua mãe foi baleada por traficantes que levaram seu bebê.
Agora, no centro de reabilitação do IAR em Ketapang, em Bornéu ocidental (no Sudeste Asiático), o jovem orangotango, que deve ter em torno de sete anos, está lentamente superando o choque.
Depois de sentar-se durante horas em uma rede, olhando fixamente para o espaço, Amy começou uma dieta saudável com bananas, abacaxi e laranja.
O IAR forneceu detalhes de seu último resgate depois de trabalhar com autoridades florestais para resgatar Amy do cativeiro após receber uma denúncia.
O responsável por ela afirmou que o orangotango só estava vivendo na caixa de madeira por um mês e foi previamente mantida em sua residência, mas os ativistas ficaram profundamente comovidos com o olhar de tristeza e desespero de Amy e a maneira com a qual ela segurava um pedaço de pano velho, que era seu conforto dentro da prisão estéril.
Para agravar a agonia de Amy, uma pesada corrente tinha sido apertada tão firmemente que causou uma ferida profunda e dolorosa na parte de trás de seu pescoço. Placas de ferro também haviam sido pregadas em toda a caixa, de modo que seu único sentido do mundo exterior eram os sons das pessoas que passavam pela região.
A forma como suas pernas e espinha dorsal estavam curvadas também fez com que os ativistas suspeitassem que ela viveu na caixa por muito mais do que um mês.
A princípio, Amy não olhava para o veterinário do IAR Sulhi Aufa quando a caixa foi aberta, mas, finalmente, depois de enfrentar uma vida de solidão e negligência, ela se aproximou e estendeu a mão para o amigo humano.
Karmele Sanchez, diretor do programa da IAR Indonésia, disse: “Este é um grave problema de bem-estar animal.
Muitos orangotangos nesta área são tratados de maneira pior do que cães, acorrentados por toda a vida e vivem em condições deploráveis. Você pode ver a tristeza nos olhos de Amy. Se não a tivéssemos resgatado, ela teria sofrido toda a sua vida, acorrentada até o dia de sua morte”.
“É hora de as pessoas perceberem que, se eles continuarem infringindo a lei, capturando orangotangos e mantendo ou vendendo-os como animais domésticos, então a espécie logo será extinta. Qualquer pessoa que vir um orangotango sendo oferecido, certamente não deve comprá-lo. Elas devem contatar imediatamente as autoridades e denunciar aqueke que está tentando vendê-lo. Se as pessoas não estão dispostas a cooperar e entregar o orangotango e persistirem em infringir a lei, então a ação necessária deve ser tomada”, completou.
O IAR possui um programa ativo para salvar orangotangos criticamente ameaçados e libertá-los em áreas florestais seguras. Infelizmente, Amy nunca poderá voltar para na natureza.
“Este é um conto trágico de crueldade e negligência. Será necessário muito tempo e paciência para Amy se recuperar e ainda é duvidoso se ela irá se recuperar o suficiente para ser uma candidata para a liberação de volta na natureza”, explicou Alan Knight, chefe-executivo do IAR.