Recapturada pela segunda vez, a onça-pintada passa por exames de rotina enquanto técnicos do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) estudam a melhor solução para o destino do animal.
A onça-pintada foi capturada no último dia 12, por uma das sete armadilhas instaladas pelo Cras na reserva do Parque do Prosa. O felino escapou do recinto em outubro do ano passado.
De acordo com o diretor de desenvolvimento do Imasul, Roberto Gonçalves, é possível que a onça seja solta em uma reserva na bacia do Paraná ou no Pantanal. “O protocolo exige que se façam exames para identificar o estado de saúde do animal. Estamos avaliando qual a melhor destinação para o animal. Se houver consenso da equipe, a onça poderá ser solta em um local seguro onde não cause acidentes com pessoas e que seja seguro para o animal também” afirmou Roberto. Na bacia do Paraná existe a reserva do Parque Estadual as Várzeas do Rio Ivinhema.
Técnicos do Imasul estão em contato com o Centro Nacional de Conservação de Grandes Predadores para estabelecer uma parceria. “Estamos vendo a possibilidade de adquirirmos uma coleira rádio satélite. Com a coleira, será possível reintroduzir o animal em uma ambiente natural e monitorar a onça via satélite” ressaltou Roberto.
A médica veterinária do Cras, Roberta Martins, afirmou que a onça está em bom estado. “A onça, após as primeiras avaliações clínicas, está em bom estado, apenas com algumas escoriações. Vamos fazer exames mais detalhados. Estamos tentando minimizar o estresse do animal e acompanhando a alimentação e o seu comportamento”, afirmou a veterinária.
A onça está pesando 40 quilos e tem aproximadamente oito meses. “A onça já demonstrou que consegue sobreviver sozinha, pois alimentou-se nestes dois meses que ficou solta. A nossa preocupação é soltar o animal em um local que não cause acidentes com pessoas”, avaliou Roberta.
Reforço na jaula
Élson Borges, coordenador do Cras, afirmou que a antiga jaula, de onde onça escapou, está sendo reforçada. “Onde a onça está hoje é um espaço reforçado, mas não é tão grande e apropriado quanto o recinto onde ela estava. O antigo espaço está sendo reestruturado e reforçado para receber felinos” frisou Élson.
O Cras tem, atualmente 10 felinos, sendo 9 onças pardas e uma onça pintada. O Centro vem recebendo melhorias para atender estes tipos de animais. Em 2009, o Cras abrigou, por três meses, um leão, encontrado em maus-tratos em um zoológico.
Fonte: Correio do Estado