Bruce era sua companhia e ela vivia feliz com ele.
Um dia ela encontrou o Tom abandonado, com fome e semimorto como ela dizia.
Levou-o para sua casa, cuidaria dele, mas Bruce seu fiel peludo não gostou da ideia.
Odiava o Tom, Bruce o ignorava e às vezes corria atrás dele.
Ela repreendia o Bruce, mas ele não suportava aquele gato manhoso e enxerido.
E assim viviam, todos felizes.
Um dia ela não se levantou, e tanto o Bruce quanto o Tom foram acordá-la, mas ela não tinha mais vida.
Seu filho carnal após cuidar de tudo, tranquilizou e os levou para sua casa.
O rapaz cuidava dos dois com o mesmo amor e zelo que havia recebido de sua mãe.
Mesmo assim o Bruce estava inconsolável, os dias ficaram longos e tristes.
Em mais um entardecer Bruce estava na janela esperando um sinal, chorava baixinho
Tom foi até ele e o acarinhou por um longo tempo.
De forma surpreendente Bruce retribuiu o carinho e como por um encanto toda aquela mazela sumiu em meio às lambidas e caricias de ambos.
Bruce olhava o Tom e lembrava da nobre senhora que o chamou de filho a vida toda.
Tom olhava o Bruce e sentia o amor que um dia lhe foi transferido e salvou sua vida.
O perfume dela estava nos dois e isso alimentava as boas lembranças.
A vida do Bruce passou a ser o Tom e o mesmo não mais viveria sem o Bruce.
Jamais esqueceram dela, ao contrário, a união dos dois trouxe para junto deles o melhor dela, o amor.