Representantes do Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis (Neafa) concederam entrevista, nesta quarta-feira (11), na sede da instituição, localizada no bairro do Farol, em Maceió, para esclarecer as acusações de que funcionários estariam envenenando os animais, praticando morte induzida e os abandonando.
A assessoria de comunicação da instituição, informou que a funcionária que havia feito as denúncias pediu demissão, na última segunda-feira (9). Um outro servidor, citado nas denúncias, foi afastado pela ONG a pedido.
Segundo Claudio Vieira, advogado da ONG, o Neafa está buscando as razões das acusações, que nem sempre são justas. “Repudiamos veementemente as acusações de mortes produzidas por funcionários nesse estabelecimento. Isso é absurdo”, afirma.
A respeito dos animais supostamente abandonados, o advogado explica que aqueles que não têm condições de ficar na sede são encaminhados para petshops e instituições especializadas para o acolhimento dos animais.
Vieira explica ainda que a morte induzida animal é permitida pelo Conselho Nacional de Veterinária em certas ocasiões. Ele também afirma que o animal pode ser morto caso esteja em estado terminal e ofereça risco à saúde pública.
Os representantes informaram que 9.411 animais foram atendidos em 2014 com dinheiro próprio. Atualmente, a instituição cuida de 86 animais, entre cães e gatos.
A veterinária Evelynne Marques, que está representando os voluntários do Neafa, afirma que a morte induzida só é usada em último caso, e que os tratamentos considerados graves são levados até o final.
“A pessoa que fez as acusações devia cuidar dos animais e pra ela não deve ter sido fácil ver eles morrerem. Mas quando o profissional de veterinária acha necessário, ‘encurta’ o sofrimento dos bichos que estão em estados terminais”.
Ainda de acordo com Evelynne, as acusações de que a instituição matava animais com tumores graves, são mentirosas, pois no momento não há animais com esse quadro no local.
Fonte: G1