Jan, o bicho-preguiça mais idoso do mundo sob cuidados humanos, faleceu aos 54 anos no zoológico de Krefeld, na Alemanha. Em 2021, Jan foi reconhecido pelo Guinness World Records como o mais longevo de sua espécie em cativeiro, um título que, infelizmente, simboliza uma vida longe de seu habitat.
Nascido na natureza em 1969, Jan foi capturado e passou os últimos 38 anos de sua vida aprisionado no zoológico de Krefeld, após uma breve passagem pelo zoológico de Hagenbeck, em Hamburgo. Apesar de sua longevidade, essa conquista não deve mascarar o fato de que Jan deveria ter vivido seus últimos anos em liberdade ou, no mínimo, em um santuário onde poderia ter experimentado uma vida mais próxima da natureza, longe das grades e da rotina artificial de um zoológico.
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O zoológico anunciou a morte de Jan na última terça-feira (27/8), embora o animal tenha falecido na semana anterior. Durante sua vida em cativeiro, Jan gerou 22 filhotes, um legado que reflete a exploração contínua de animais em ambientes artificiais, onde são privados de sua liberdade e submetidos a condições estressantes e inadequadas.
A morte de Jan levanta questões importantes sobre a ética do cativeiro e o tratamento dos animais em zoológicos. Em vez de serem expostos ao público, animais como Jan merecem passar seus últimos anos em santuários que respeitem suas necessidades naturais e lhes proporcionem uma vida digna, sem o confinamento que tantos danos causa ao seu bem-estar físico e emocional.