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BUSCA POR JUSTIÇA

'Não somos bagagem': redes sociais explodem com campanhas e protestos após morte do cão Joca

25 de abril de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Uma página de Instagram reuniu seis cachorros da raça golden retriever, mais dois cachorros e um gato, para uma ‘manifestação’ contra os erros da companhia aérea que levaram à morte o cão Joca, um golden de 5 anos enviado ao destino errado em um voo da Gol. Na publicação, os animais domésticos usam placas que, juntas, compõem a frase: “Não somos bagagem. Somos o amor da vida de alguém. Justiça pelo Joca!”

“Não podemos deixar impune o que aconteceu com o nosso amigo @jocagoldenr. A @voegoloficial @voegoloficial precisa ser penalizada para que nunca mais isso aconteça com mais nenhum ser indefeso”, diz o texto da página @sexteto4patas, que tem quase 250 mil seguidores no Instagram.

Apesar de se chamar “sexteto”, o grupo de animais de Fortaleza é composto por 10 animais: um poodle, cinco golden retrievers, três gatos e um cachorrinho sem raça definida. “A verdade é que nós não somos carga, e merecemos um lugar seguro igual a qualquer outra pessoa tem direito”, complementa o texto da publicação.

A publicação também presta apoio ao tutor de Joca, João Fantazzini. “Sei que nada vai trazer nosso amigo de volta e o quanto o seu papai @jfantazzini está indignado, arrasado e triste com tudo isso, mas estamos aqui para apoiar no que precisar”, diz o texto.

Joca morreu na segunda-feira. Ele deveria ter sido transportado de Guarulhos (SP) para Sinop (MT), mas acabou sendo mandado a Fortaleza por um erro da Gollog, empresa de logística da Gol. Depois, voltou para Guarulhos. Mas a viagem que deveria durar duas horas e meia levou oito horas, e o golden não resistiu. Ao ir para o aeroporto paulista após ser informado do erro, Fantazzini encontrou o cão sem vida dentro da caixa onde foi transportado.

O golden retriever, segundo relato da família, foi um apoio para Fantazzini superar uma depressão durante a pandemia. O cão ficou cerca de uma hora e meia aguardando sob o sol na pista do aeroporto de Fortaleza, impedido de sair da caixa onde viajou e sem comer ou beber. Em entrevista à TV Globo, Fantazzini disse que tinha um atestado veterinário indicando que o cão suportaria no máximo uma viagem de duas horas e meia.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) afirmou nesta quarta-feira que abriu um processo administrativo para apurar os motivos da morte do cachorro. A agência afirmou que solicitou à Gol detalhes sobre as condições de transporte do animal, o envio para uma localidade diversa da contratada e as condições prestadas para a prestação desse tipo de serviço. O objetivo, afirma a nota, é “abrir processo de fiscalização conforme as constatações apuradas”.

Fonte: O Globo

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