Os 150 cartazes impressos com um “Procura-se Lilica” nem precisaram ser pregados nas ruas. Dois dias após fugir em meio a um assalto a cadela da religiosa Irene Pittas, 61 anos, foi encontrada no final da manhã do dia 22.
Na noite da segunda-feira passada (20), Irene aguardava uma amiga quando foi arrancada do seu Gol cinza por dois homens na Rua Mariante, bairro Rio Branco, em Porto Alegre (RS).
Apesar do susto e do transtorno de perder carro, notebook, a bolsa e um rancho que estava no porta-malas do veículo, a grande preocupação da religiosa e também técnica em enfermagem era encontrar a pinscher cor de caramelo que ganhou de um paciente há oito anos.
Na manhã do dia 22, recebeu um telefonema: uma cadela igual a Lilica tinha sido encontrada. Era alarme falso. Mais tarde, uma nova ligação: o funcionário de um posto de combustível próximo ao local em que sofreu o assalto havia encontrado a pinscher.
— Confirmei se ela tinha pintas na orelha e fui correndo pra lá. Todo mundo chorou lá no posto. E a Lilica reagiu de uma maneira muito especial, muito carinhosa — relatou a religiosa.
Antes do reencontro, a técnica em enfermagem conta que não continha o desespero. Tanto que passou toda terça-feira (21) caminhando nas ruas próximas ao local onde ocorreu o assalto.
Ao chegar em casa, Lilica, exausta, bebeu um pouco de água e dormiu:
— Ela estava muito cansada. Acho que nem dormiu nos últimos dois dias me procurando, estava muito estressada — contou Irene.
Fonte: Zero Hora