Por Lilian Regato Garrafa (da Redação)
O Ministério Público do Estado de Goiás propôs uma ação civil pública contra Camilla Correa Alves de Moura Araújo dos Santos, a enfermeira que em novembro de 2011 submeteu uma cachorra yorkshire, de poucos meses de vida, a intensos maus-tratos, com vários chutes, golpes na cabeça, puxões e tamponamentos de balde até acarretar-lhe a morte.
A atual ação contra Camilla tem como objetivo condená-la a pagar indenização de no mínimo 20 mil reais, valor a ser revertido ao Fundo Municipal do Meio Ambiente.
Imagens da agressão cometida contra o pequeno animal foram veiculadas na internet, gerando enorme repercussão nas redes sociais e ocupando amplo espaço na mídia nacional; provocaram a indignação e marcaram profundamente o íntimo de toda a coletividade, não apenas da cidade de Formosa/GO, como também de todo o país, que reagiu ao episódio por meio de várias manifestações e protestos contra Camilla, especialmente por tratar-se de uma conduta cruel, descabida e que revela a ausência dos sentimentos de compaixão e de respeito próprios daqueles que agem dentro dos padrões de humanidade.
A comoção da sociedade brasileira acerca do episódio foi retratada nas inúmeras mensagens dirigidas ao Ministério Público e à Polícia Civil, carregadas de um sentimento de tristeza e de incredulidade com o comportamento da raça humana. Uma petição recolheu 401.836 assinaturas, exigindo providências contra a assassina. Esta e outras manifestações demonstram a dimensão da comoção social provocada pelo lamentável episódio, impondo a necessária responsabilização da criminosa, também como forma de desestímulo aos maus-tratos.
Tomou-se como exemplo outra ação movida em decorrência de dano moral coletivo: a da cadela “Preta”, que foi morta com requintes de crueldade, tendo havido desintegração do corpo da cachorra e de seus fetos após ela ter sido amarrada ao para-choque de um veículo e ser arrastada pelas ruas de Pelotas (RS). O caso repercutiu comoção social de alcance internacional.