EnglishEspañolPortuguês

Motorista suspeito de arrastar cachorro em avenida deve ser investigado

23 de agosto de 2015
3 min. de leitura
A-
A+

Cachorro tinha câncer terminal e foi levado para morte induzida no CCZ (WhatsApp
Cachorro tinha câncer terminal e foi levado para morte induzida no CCZ (WhatsApp

Um motorista de Campo Grande pode ser investigado pela Polícia Civil por maus-tratos. O homem, que não teve o nome revelado, é suspeito de ter arrastado um cachorro pela Avenida Fábio Zahran. Testemunhas que presenciaram o fato, disseram que o animal pulou de uma picape e foi arrastado, sofrendo vários ferimentos e sangramentos. O animal foi levado ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).
Segundo Márcio Selestino, de 34 anos, o crime aconteceu na tarde dessa quinta-feira (20). Ele afirma que estava em uma lanchonete quando começou a ouvir várias buzinas, pouco depois, viu o cachorro sendo arrastado. “Ele pulou da caminhonete, mas estava preso com uma coleira bem apertada e acabou sendo arrastado”, declara.
Preocupado com o animal, condutores que passavam pelo local teriam feito com que o motorista parasse o veículo. “Quando vi aquilo saí correndo e quando o motorista parou, perguntei o motivo pelo qual estava fazendo aquilo e disse que iria matar o cachorro daquele jeito. Ele respondeu que o animal era dele e mataria como quisesse e que levaria o cachorro para o CCZ. Juntou um monte de gente para ver o que estava acontecendo e ele aproveitou para fugir”, relata.
Depois do ocorrido, Selestino entrou em contato com uma ONG (Organização Não Governamental) para relatar o fato. “O pessoal da ONG ligou para o CCZ e foi informado de que o animal está sob a responsabilidade deles”, afirma.
Voluntários da Organização entraram em contato com o delegado titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), Wilton Vilas Boas de Paula, para denunciar o crime de maus-tratos.
“Recebi uma denúncia informal, mas nenhum boletim de ocorrência foi registrado na Decat, até agora. Os voluntários da ONG ficaram de entrar em contato novamente para passar mais informações para que possamos investigar”, explica.
Dados da Decat revelam que em média 13 casos de maus-tratos contra animais são registrados todos os meses na delegacia. De acordo com o delegado, a pena para este crime é de três meses a um ano de detenção, podendo agravar de 1/3 a 1/6 caso o animal morra.
O delegado orienta sobre a importante de anotar todas as informações para que o crime seja investigado. “Nestes casos a pessoa deve chamar a polícia mais próxima para que os danos ao animal sejam menores e ter o máximo de informações para que possamos fazer a apuração. Disseram que o cachorro foi levado para o CCZ, então vamos oficiar para que eles nos deem mais informações sobre como o animal chegou ao local e quem o levou”, frisa.
A equipe de reportagem do Jornal Midiamax, entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura e foi informada de que, não se trata de maus-tratos e que conforme a diretora do CCZ, Júlia Maksoud, o cão pertencia a um casal de idosos, era “muito bem cuidado pelos tutores”, no entanto, “sofria de câncer terminal e após diversos procedimentos cirúrgicos e tratamentos, o veterinário particular recomendou a morte induzida, para abreviar o sofrimento do animal”.
Sobre a denúncia de que o animal foi arrastado, a diretora do CCZ afirma que “durante o trajeto até o CCZ, o animal pulou da caçamba, mas sem se machucar gravemente. Chegando ao CCZ, a situação foi reportada e os veterinários de plantão que efetuaram o atendimento”.
Fonte: MidiaMax

Você viu?

Ir para o topo