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Morte de égua sacrificada em via pública gera indignação, em Pinheiral (RJ)

7 de novembro de 2011
3 min. de leitura
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“Parecia um filme de terror”. Essas foram as palavras do comerciante Ronaldo Paula Anjos para definir a morte de uma égua, na tarde de segunda-feira (1). O animal foi sacrificado, com o auxílio de uma marreta e de um ponteiro, na Rua Alagoas, no bairro Parque Mayra. Segundo moradores do local, a cena teria sido assistida por dezenas de pessoas, inclusive crianças.

O fato gerou repercussão, após ter sido filmado por Ronaldo Paula e publicado na página de uma rede social, na internet. Em entrevista ao Diário do Vale, ele narrou detalhes do episódio:

– A égua apareceu na rua, machucada. Achamos que ela foi atropelada por um trem, pois se locomovia com dificuldades e, por isso, acabou caindo na calçada. Alguns vizinhos entraram em contato com órgãos da prefeitura, para que alguma atitude fosse tomada. Por volta das 18h, vi uma aglomeração de pessoas e fui ver do que se tratava. Quando cheguei lá, me deparei com um funcionário da Defesa Civil matando o animal, com requintes de crueldade.

Ronaldo Paula contou que ficou indignado com o método para sacrificar a égua: uma marreta e um ponteiro.

– O mínimo que poderiam ter feito é chamado um veterinário, para avaliar se o animal tinha possibilidades de ser tratado. E se a égua tivesse chances de sobreviver? Daí, mesmo que fosse constatada a necessidade de se matar o animal, teria que ser feito num local apropriado e com o uso de sedativos, e não no meio da rua, com sangue esguichando para todo lado e o animal sentindo dores. Por mais leigo que eu seja no assunto, o que fizeram não foi correto – falou.

Ele ressaltou que chegou a pedir ao funcionário da Defesa Civil que não sacrificasse o animal, no entanto, teria sido ignorado. O comerciante mencionou outro detalhe que teria gerado mais indignação entre a população local.

– A égua foi enterrada ainda viva, respirando. Antes que ela estivesse morta, os agentes da prefeitura abriram um buraco num terreno, próximo da Rua Alagoas, e jogaram o corpo lá, com a ajuda de uma retroescavadeira. Foi inacreditável – contou.

– Sinceramente, fiquei traumatizado. Ontem, em pleno feriado, não consegui nem sair de casa, tamanha a tristeza que sentia. Queria ter ido à delegacia, denunciar o caso, mas não consegui nem sair da cama. Passei o dia inteiro pensando naquela cena, que parecia um filme de terror. A pessoa que fez aquilo é pior do que um monstro – acrescentou.

O vídeo filmado por Ronaldo Paula ganhou repercussão na internet e despertou a revolta de dezenas de moradores de Pinheiral. Na tarde de ontem (2), o comerciante se reuniu com outros moradores e foi à 101ª DP, formalizar uma queixa-crime contra a Defesa Civil do município.

Em nota, a prefeitura informou que vai abrir uma sindicância para apuração dos fatos, para que sejam tomadas as providências necessárias. E frisou que “não é solidária a qualquer ato como o registrado, mesmo se tratando de uma ação isolada”.

Contato: Diário do Vale

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