Centenas de pessoas se mobilizaram contra o projeto de empalhar o urso polar, morto dois dias antes da primavera, e ameaçam realizar manifestações no próximo sábado.
“Knut não pode ser empalhado. Quando é que vocês vão entender a mensagem?”, escreveu Michael S. no livro de condolências on-line do zoo de Berlim (www.zoo-berlin.de), cheio de mensagens do mesmo gênero.
Na internet e nas ruas, admiradores do animal recolhem assinaturas para protestar contra a empalhação e exposição de Knut no Museu de História Natural de Berlim.
Segundo uma pesquisa realizada com 2.400 pessoas e publicada no tablóide berlinense BZ, uma ampla maioria (73%) se opõe a ideia de ver o animal morto exposto em um museu.
As pessoas, com razão, acusam o zoológico, que já arrecadou milhões de euros graças à comercialização de pelúcias e outros produtos de Knut, de querer continuar se aproveitando da “galinha de ovos de ouro”. Eles defendem a cremação do animal.
O responsável pelos ursos do zoo de Berlim, Heiner Kloes, deu menos esperanças aos fãs: o zoológico entregou o corpo de Knut ao museu de história natural, como sempre faz com todos os animais mortos com o objetivo de ajudar na pesquisa, afirmou à AFP.
“Se ele for incinerado ou enterrado em um caixão, ninguém vai tirar benefício disso. E ninguém vai obrigar as pessoas que querem continuar se lembrando dele da forma como era quando vivo a ir ao museu”, acrescentou.
Knut teve uma vida trágica, marcada pela morte de seu irmão gêmeo e pelo abandono de sua mãe, cativou o coração de milhões. Alimentado com mamadeira por seu cuidador, Knut fez sua primeira aparição em público aos três meses de idade para cerca de 500 jornalistas e quase o mesmo número de curiosos.
Em 2008, a morte inesperada de seu cuidador, que se transformou com o tempo em celebridade que posava para revistas, reforçou ainda mais o mito Knut.
Com informações do Terra