Por David Arioch
Na sexta-feira, 17, a ministra da agricultura, Tereza Cristina, vai estar em Hanói, capital e segunda maior cidade do Vietnã, para discutir com autoridades do país um acordo para a exportação de “gado em pé”, soja, milho e frutas. A viagem de Tereza Cristina pela Ásia começou hoje e inclui outros países como Japão, China e Indonésia, segundo o Ministério da Agricultura.
Em 2018, o Brasil exportou 810 mil bovinos vivos, segundo a Scot Consultoria, e a expectativa é de que com novas parcerias o país ultrapasse o volume de exportação de gado vivo dos anos anteriores.
Um assunto sempre polêmico, a exportação de gado vivo no Brasil tem sido associada por ativistas dos direitos animais à negligência em bem-estar animal, como no emblemático caso do Navio Nada em 2018, quando foram identificados por fiscais casos de maus-tratos e constatação de ambiente insalubre.
Além disso, outros apontamentos contra a exportação de gado vivo incluíam experiências nacionais envolvendo óbitos de animais e poluição das águas em decorrência do descarte de resíduos de origem animal.
No ano passado, o que também chamou a atenção para a exportação de gado vivo partindo do Porto de Santos foram as intervenções e os esforços do então ministro da agricultura Blairo Maggi, da Advocacia-Geral da União (AGU) e de representantes da Câmara dos Deputados, como o ex-deputado federal Beto Mansur, que fizeram o possível para que as exportações de gado vivo não fossem coibidas.